Abate de bovinos cai 10,6% no 1º tri; menor nível em mais de dez anos
Abate de suínos e frango superaram séries históricas do IBGE
O abate de bovinos nos primeiros três meses de 2021 apresentou queda de 10,6%. O número de cabeças abatidas foi de 5,56 milhões. O resultado é o menor para o período, desde 2009. Segundo informações divulgadas hoje (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o 4° trimestre de 2020, a redução foi de 10,9%.
O Estado de Mato Grosso segue liderando o abate de bovinos, com 15,7% da produção brasileira, seguido por Mato Grosso do Sul (11,7%) e São Paulo (10,2%). A queda foi registrada em 23 dos 27 estados brasileiros.
Em contrapartida o abate de suínos e frango, no primeiro trimestre de 2021, superaram suas séries históricas. O abate de suínos foi de 12,62 milhões de cabeças, aumento de 5,7% em relação ao mesmo período de 2020 e de 0,6% em relação ao trimestre anterior. Santa catarina é responsável por 28,9%. Seguido pelo Paraná, com 20,3% e Rio Grande do Sul, que tem 17,5% da participação nacional.
Iniciada em 1997, a série histórica do abate de frangos registrou recorde, atingindo a marca de 1,57 bilhão de cabeças. O resultado é 3,3% maior do que o obtido no mesmo período de 2020 e cresceu 0,7% na comparação com o quarto trimestre do ano passado. O Paraná lidera a produção, sendo responsável por 33,1% da participação nacional, seguido do Rio Grande do Sul, com 13,9% e Santa Catarina, com 13,3%.
Segundo o supervisor da pesquisa, Bernardo Viscardi, o resultado condiz com a tendência já observada no ano anterior. “Houve uma continuidade da tendência observada em 2020, com queda no abate de bovinos e crescimento de suínos e frangos. Ao mesmo tempo, os preços médios da arroba bovina e do bezerro atingiram valores máximos nas respectivas séries”, explica.
De acordo com o IBGE, a produção para exportação segue aquecida. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia registrou o terceiro maior volume de carne bovina in natura exportada para o período analisado, total de 133,82 mil toneladas somente em março, número recorde para o mês.
Quanto aos preços do animal vivo e da carne suína, no mercado interno, sofreram desvalorização no período, apesar das exportações da carne in natura terem registrado recorde, de acordo com a Secex.
O instituto também afirma que o desempenho das exportações da carne de frango permaneceu em níveis razoáveis, indicativo de que o aumento na produção permaneceu dedicado ao mercado interno.
Com informações da Agência Brasil. / NFoto: Tony Oliveira - Sistema CNA/Senar