Alta nos preços da carne bovina desafia ritmo tímido do varejo

Apesar das vendas não corresponderem às expectativas, todos os setores reajustaram os preços para cima

12/09/2025 às 09:51 atualizado por Redação - SBA
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A semana foi marcada por movimentos positivos nos preços em todos os setores. Embora o giro no varejo não tenha atingido as expectativas, o desempenho foi melhor do que o observado anteriormente, o que resultou em pedidos de reposição de estoques. Apesar do ritmo contido, esse é o período em que o setor consegue realizar ajustes positivos, já que o consumidor dispõe de maior poder aquisitivo. Porém, ao avançar para a segunda metade do mês, esse fôlego tende a diminuir e a demanda se volta para proteínas mais acessíveis.No mercado atacadista de carne com osso, a carcaça casada do boi capão apresentou alta na cotação de 0,7%, negociada em R$20,90/kg. Enquanto, para as demais carcaças casadas, não houve alteração na cotação. A do boi inteiro e a da novilha estão negociadas em R$19,50/kg, e a da vaca em R$19,00/kg.

No segmento de carne desossada, a média dos preços avançou 0,6%, impulsionada pelos cortes do traseiro e pelos do dianteiro.

A cotação média dos cortes do traseiro apresentou incremento de 0,7%, com 13 cortes em valorização, um em retração e outro estável. Entre os que puxaram esse cenário estão o
filé mignon sem cordão e o patinho, ambos com altas de 1,5%.

Para o dianteiro, mesmo com três cortes em desvalorização, um em alta e outro sem alteração, a média de preços apresentou ajuste positivo de 0,1%. Esse resultado foi reflexo da
alta do cupim, que teve ajuste de 1,4%, compensando as variações moderadas dos demais cortes em relação a ele.

No varejo, parte dos estados monitorados pela Scot Consultoria apresentou valorização na média de preços, com exceção do Rio de Janeiro, que permaneceu estável. Tanto em São Paulo quanto no Paraná, a valorização foi de 0,4%.

Em São Paulo, o movimento foi resultado do acréscimo de 11 cortes, contra oito em queda e dois sem alteração. A maior variação foi a queda da cotação da alcatra completa,
que recuou 2,9%, enquanto a da picanha e do músculo apresentaram alta de 2,4%.

No Paraná, a sustentação veio de cortes com ganhos mais expressivos, como a costela, com 3,7%, e o miolo de alcatra, com 3,6%. Ao longo da semana, oito cortes registraram
valorização, oito recuaram e cinco permaneceram estáveis.

Em Minas Gerais, o preço médio subiu 0,3%. Nove cortes tiveram ajustes positivos, enquanto seis apresentaram quedas ou permaneceram estáveis. O coxão duro foi o que mais se
destacou, com alta de 3,6%, seguido pela picanha e o patinho, ambos com altas de 3,4%.

No Rio de Janeiro, a média se manteve inalterada. As maiores variações foram a alta de 3,5% na alcatra com maminha e o recuo de 3,3% do contrafilé. No total, sete cortes subiram, oito recuaram e seis permaneceram estáveis.

Para o curto prazo, a tendência é de continuidade no ritmo mais contido de alta, com a possibilidade de retração diante do avanço da segunda quinzena do mês.

Fonte: Scot Consultoria