Azeite de oliva apreendido é doado para fabricação de biocombustível
Fiscalização retirou mais de quatro mil frascos de produtos falsificados das prateleiras do comércio
Cerca de dois mil litros de azeite de oliva, apreendidos durante uma ação de fiscalização do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), foram doados para o Hospital Pequeno Cotolengo, de Curitiba (PR), para serem transformados em biodiesel.
O produto fraudado foi apreendido em dezembro do ano passado no Paraná e submetido à análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul. O resultado indicou a presença de outros óleos vegetais, descaracterizando o produto como azeite de oliva.
O azeite apreendido durante a fiscalização do Sipov (Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal), da Superintendência Federal de Agricultura no Paraná, foi considerado impróprio para a alimentação humana devido ao desconhecimento da sua composição. Por esse motivo, deve ser destinado a outro fim, principalmente para usos industriais, como a fabricação de biodiesel. Todas as etapas de destinação do produto doado são acompanhadas pelo Mapa.
Operação
O trabalho de fiscalização retirou mais de quatro mil frascos de 500 ml de azeite falsificado das prateleiras dos supermercados, atacadistas e distribuidores localizados no estado do Paraná.
De acordo com o auditor fiscal do Sipov, José Roberto Viccino, a empresa responsável pela produção foi autuada. “Além da apreensão, a empresa responsável foi autuada em processo administrativo, com imposição de multa. O processo também será encaminhado ao Ministério Público para demais apurações de competência desse órgão”, explica.
Atualmente, o azeite de oliva é o segundo produto alimentar mais fraudado do mundo, atrás apenas do pescado. A adulteração mais comum é a mistura de óleo de soja com corantes e aromatizantes artificiais. Também são encontrados casos de azeite de oliva refinado vendido como azeite extra virgem.
Com informações e foto do Mapa