Carne suína no varejo paulista atinge maior valor do ano em agosto
Poder de compra do suinocultor registrou recuo na parcial de setembro
A pesquisa do IEA (Instituto de Economia Agrícola) no varejo do município de São Paulo, divulgada na quinta-feira (22), aponta que, em agosto, o preço médio do quilo da carne suína foi o maior do ano. O valor estimado ao consumidor paulista atingiu R$ 23,85, acréscimo de 3,9% em relação ao mês anterior, e de 0,8% em comparação a agosto do ano passado.
No acumulado de janeiro a agosto, o preço médio saiu a R$ 22,97, queda de 1,9% sobre o mesmo período do ano passado e, em contrapartida, aumento expressivo de 25,9% em relação à temporada de 2020.
Os suinocultores venderam o animal vivo por um valor 8% menor do que o comercializado em 2021, com incremento de 17,7% em relação aos primeiros 7 meses de 2020. O valor nos varejos apresenta melhores índices aos consumidores do que aos produtores.
Poder de compra
Dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) mostram que o poder de compra do suinocultor frente ao milho e ao farelo de soja registrou recuo na parcial de setembro, o que interrompeu o avanço observado desde março. O declínio é resultado da valorização do milho e do farelo de soja e dos recuos nos preços do suíno vivo no mercado independente.
O suinocultor paulista, considerando a proteína negociada na região SP-5 e os insumos comercializados no mercado de lotes da região de Campinas, pode comprar 5,02 quilos de milho com a venda de um quilo de animal na parcial deste mês, até o dia 20, quantidade 5,5% menor que a de agosto. Em relação ao farelo de soja, o produtor consegue obter 2,67 quilos, recuo mensal de 4,9%.
Com informações do Suisite e Cepea
Foto capa: Pixabay
Com supervisão de Daniel Catuver, jornalista.*