China terá maior procura por carnes em decorrência da peste suína africana

Representantes do Rabobank concluíram que maior demanda dos chineses pode significar bons negócios para exportadores brasileiros

Exportação
14/05/2019 às 11:39 atualizado por Douglas Ferreira - SBA
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Foto: Divulgação MAPA

 

No segundo dia da agenda em Xangai (China), representantes do banco e de serviços financeiros voltados ao setor de alimentos e agronegócio, reuniram-se com a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina na manhã desta terça-feira (14) e chegaram a conclusão de que a maior demanda dos chineses pode significar grandes negócios para exportadores brasileiros.

Como a China enfrenta um problema com a peste suína africana, empresários dizem que há mercado para proteína animal de todos os tipos, o que significa uma oportunidade para os exportadores brasileiros. Os primeiros registros da doença foram constatados em agosto de 2018 e, segundo analistas, o país asiático perdeu cerca de 35% do rebanho.

Ano passado o Brasil exportou pouco mais de 900 mil toneladas de carnes bovina, frango e suína (in natura) para os chineses, produtos que segundo o gráfico do Mapa, estão entre os cinco mais vendidos para o país. Levantamento feito pelo Rabobank mostra que até 200 milhões de porcos podem ser sacrificados ou mortos em decorrência da doença e reiteram que a China irá precisar de ao menos cinco anos para retomar o rebanho no patamar anterior à doença.

Vírus

A peste suína africana é uma doença viral, altamente infecciosa, que atinge animais em todas as fases. A chance do animal de sobreviver é quase zero, além da necessidade do sacrifício, pois não existe vacina.

A doença é muito resistente e pode ser transmitida por meio de alimentos, equipamentos, sapatos e vestuários e no transporte contaminados. Ela não oferece risco à saúde humana.

 

Fonte: Assessoria Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)