China terá maior procura por carnes em decorrência da peste suína africana
Representantes do Rabobank concluíram que maior demanda dos chineses pode significar bons negócios para exportadores brasileiros
Exportação

No segundo dia da agenda em Xangai (China), representantes do banco e de serviços financeiros voltados ao setor de alimentos e agronegócio, reuniram-se com a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina na manhã desta terça-feira (14) e chegaram a conclusão de que a maior demanda dos chineses pode significar grandes negócios para exportadores brasileiros.
Como a China enfrenta um problema com a peste suína africana, empresários dizem que há mercado para proteína animal de todos os tipos, o que significa uma oportunidade para os exportadores brasileiros. Os primeiros registros da doença foram constatados em agosto de 2018 e, segundo analistas, o país asiático perdeu cerca de 35% do rebanho.
Ano passado o Brasil exportou pouco mais de 900 mil toneladas de carnes bovina, frango e suína (in natura) para os chineses, produtos que segundo o gráfico do Mapa, estão entre os cinco mais vendidos para o país. Levantamento feito pelo Rabobank mostra que até 200 milhões de porcos podem ser sacrificados ou mortos em decorrência da doença e reiteram que a China irá precisar de ao menos cinco anos para retomar o rebanho no patamar anterior à doença.
Vírus
A peste suína africana é uma doença viral, altamente infecciosa, que atinge animais em todas as fases. A chance do animal de sobreviver é quase zero, além da necessidade do sacrifício, pois não existe vacina.
A doença é muito resistente e pode ser transmitida por meio de alimentos, equipamentos, sapatos e vestuários e no transporte contaminados. Ela não oferece risco à saúde humana.
Fonte: Assessoria Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)