Colheita da safra de verão gaúcha avança no campo
Estiagem prejudicou produtividade da soja colhida, aponta relatório
Agronegócio
Segundo o Informativo Conjuntural, elaborado pela Emater do Rio Grande do Sul, a colheita da safra de verão avança em todo estado gaúcho. O colhimento da soja atingiu 19% da área cultivada.
As lavouras com perdas extremas não foram colhidas, mas destinadas a pastejo ou à produção de feno para alimentação animal.
Conforme o documento, nas lavouras de soja foram observados problemas associados à má uniformidade na maturação, devido à coexistência de plantas secas e outras verdes, estas contendo legumes secos e também verdes.
A produtividade obtida com a colheita da soja ainda é baixa, condicionada pela intensidade da estiagem. Contudo, há uma tendência desta se elevar à medida que a operação incluir cultivares mais tardias ou lavouras estabelecidas a partir de dezembro.
A colheita das lavouras de milho avança de forma lenta e atinge 75% da área cultivada. As lavouras em maturação totalizam 14%.
O milho semeado em safrinha representa 11% e têm desenvolvimento satisfatório, uma vez que a umidade nos solos, as temperaturas amenas e a luminosidade característica do outono proporcionam condições ideais para a cultura manter o potencial produtivo.
Pastagens
Este período é marcado pelo vazio forrageiro de outono, mas as chuvas ajudaram a amenizar seus efeitos, mantendo a umidade nos solos e beneficiando as forrageiras nativas, que estão com rebrote e bom desenvolvimento, assim como as espécies forrageiras cultivadas, apesar de estarem em final de ciclo.
A oferta de alimentos também se mantém nas regiões com produção de arroz, nas quais o gado é colocado para comer a resteva.
Na bovinocultura de corte, com a melhor oferta forrageira, há boa recuperação no escore corporal do rebanho na maioria das propriedades, porém nas regiões mais afetadas pela estiagem, os animais continuam debilitados.
O manejo do carrapato também está causando dificuldades, uma vez que houve um aumento significativo de relatos de infestações, havendo maior necessidade de controle do ectoparasita.
Informações por Emater/ RS
Foto de capa: Enio Tavares/ Seapa