Derivados lácteos em forte queda no mês de outubro

A importação de leite e derivados continua elevada, com outubro fechando em 208 milhões de litros equivalente, o maior volume desde fevereiro/25

18/11/2025 às 12:14 atualizado por Redação - SBA
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Os preços dos derivados lácteos no atacado em outubro seguiram a tendência de baixa dos últimos meses, com alta oferta e demanda limitada. A importação de leite e derivados continua elevada, com outubro fechando em 208 milhões de litros equivalente, o maior volume desde fevereiro/25. O cenário internacional colabora para a queda dos preços internos, uma vez que o índice de preços do GDT segue recuando. No mercado de leite Spot a baixa demanda continua pressionando os preços, enquanto a produção de leite cresce no campo. Para os derivados, as negociações com os varejistas ficaram mais difíceis em um momento de alto estoque e preços recuando a cada semana. Isso acaba diminuindo o poder de negociação da indústria, forçando mais quedas nos preços.

Conseleites apontam para forte desvalorização no preço ao produtor


As sinalizações do Conseleite para o leite entregue em outubro foram de fortes variações negativas. Em todos os estados, as quedas foram por volta de dez centavos em relação ao mês anterior. Paraná apresentou a queda mais expressiva, -6,4% e Santa Catarina a menor -3,5%.

Milho, soja e boi têm leve alta nos preços

Os mercados de milho e soja registraram leves altas no último mês, apesar dos bons estoques e perspectivas favoráveis para a safra. No caso da soja, as negociações entre EUA e China, que sinalizaram um retorno chinês para compra de soja norte-americana, acabou puxando as cotações em Chicago e isso refletiu no mercado brasileiro. Além disso, o atraso nas precipitações e no plantio em algumas regiões também pressionou as cotações da oleaginosa e do milho. No mercado pecuário, a oferta restrita e boa demanda para exportação acabaram valorizando o preço do boi e do bezerro. O PIB segue com previsões piores que nos últimos anos para o crescimento em 2025.

 

 

Fonte: Centro de Inteligência do Leite