Embrapa Cerrados contribui para debate sobre a inclusão de frutos do Cerrado na alimentação escolar do DF
Durante o encontro, foi lançada a Nota Técnica – Caminhos do Cerrado na Alimentação Escolar do DF, que tem como objetivo promover refeições mais nutritivas e culturalmente conectadas ao território
A Embrapa Cerrados participou, na tarde da última quinta-feira (11), do evento Caminhos do Cerrado na Alimentação Escolar, promovido pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) e parceiros, no Centro de Excelência do Cerrado, localizado no Jardim Botânico. A iniciativa reuniu pesquisadores, gestores públicos, nutricionistas, agricultores familiares e representantes da sociedade civil para discutir estratégias de inclusão de frutos do Cerrado na alimentação das escolas do Distrito Federal.
Representando a Embrapa Cerrados, a pesquisadora Helenice Gonçalves apresentou o histórico de atuação da Unidade com espécies frutíferas nativas do bioma. A palestra abordou as espécies prioritárias definidas pela equipe — como pequi, baru e mangaba (Embrapa Cerrados/Documento 352) —, os ensaios de campo em andamento, além das perspectivas e dos desafios para o fortalecimento da cadeia da sociobiodiversidade dessas espécies na região. O evento contou com o apoio dos programas de agroinovação da Embrapa Cerrados, que ofereceu o suporte financeiro para aquisição dos produtos que foram fornecidos durante o evento, além do apoio logístico.
Durante o encontro, foi lançada a Nota Técnica – Caminhos do Cerrado na Alimentação Escolar do DF, que tem como objetivo promover refeições mais nutritivas e culturalmente conectadas ao território. O documento destaca o papel educativo de frutos como pequi, baru, jatobá, cagaita e mangaba, ao aproximar os estudantes da cultura alimentar local e reforçar a importância da preservação do Cerrado. A publicação se apresenta como um guia de apoio à incorporação de produtos florestais não madeireiros (PFNMs) nos cardápios das redes públicas e conveniadas.
A iniciativa também reforça o alinhamento com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que estabelece a aplicação de, no mínimo, 30% dos recursos da alimentação escolar na compra de produtos da agricultura familiar, incentivando a aquisição de itens da sociobiodiversidade. A Nota Técnica integra o Projeto Caminhos da Restauração: Valoração de Produtos Florestais Não Madeireiros do Cerrado, voltado à articulação entre nutrição, sustentabilidade e desenvolvimento territorial no Distrito Federal.
Com informações do IPEDF



