Especialistas se reúnem na Expointer para traçar futuro da noz-pecã no Rio Grande do Sul e no Brasil
Encontro promovido pelo IBPecan e Secretaria da Agricultura também debateu estratégias para aumentar a competitividade e a rentabilidade dos produtores gaúchos
O Segundo Encontro da Pecanicultura Gaúcha, evento que já se consolidou como o principal da cultura no Estado, lotou a Casa do Senar, em Esteio (RS), nesta quinta-feira, dia 4 de setembro, dentro da 48ª Expointer. O evento teve como objetivo fortalecer a cadeia produtiva da noz-pecã no Rio Grande do Sul e no Brasil, promovendo a troca de conhecimentos técnicos, experiências de mercado e perspectivas de futuro entre produtores, pesquisadores, técnicos e empresas do setor. A iniciativa foi do Instituto Brasileiro de Pecanicultura (IBPecan) com apoio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e da Farsul.
O presidente do IBPecan, Claiton Wallauer, abriu o encontro que reuniu palestras sobre temas centrais da cultura da noz-pecã, como pulverização, irrigação, colheita e equipamentos para o processamento do produto. Segundo ele, a ideia foi oferecer uma visão ampla e prática para o fortalecimento da atividade. “A tecnificação como uma das ferramentas fundamentais para garantir melhores resultados no campo, na indústria e, por consequência, ao consumidor foi um dos temas destacados durante o evento”, informou, complementando que o coordenador do Pró-Pecã, Paulo Lipp, apresentou dados que reforçam a relevância gaúcha na produção: o Rio Grande do Sul concentra mais de 90% de toda a produção nacional de pecã.
Foram tratados ainda no evento temas estratégicos para o desenvolvimento da pecan como: Diagnóstico da pecanicultura gaúcha e análise da safra 2024/2025; Inovações em mecanização e equipamentos agrícolas voltados às nogueiras-pecã; Industrialização e agregação de valor à produção; Irrigação, sistemas e manejo de pomares; Perspectivas de mercado interno e externo, com foco na competitividade da pecanicultura brasileira.
Produtores, pesquisadores e técnicos presentes analisaram os números da safra que passou e discutiram inovações em mecanização, irrigação e manejo de pomares. Um dos pontos altos foi a discussão sobre a industrialização da noz, como forma de agregar mais valor à produção local dentro da propriedade. Também foram debatidas perspectivas para o mercado interno e externo, mostrando oportunidades de crescimento para o produto brasileiro. O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, um dos palestrantes do Encontro, afirmou que a pecanicultura tem ganhado relevância na produção nacional e demanda interna.
Da Luz ressaltou que é fundamental para os produtores entenderem a economia brasileira como um todo, pois todos os setores estão interligados no mesmo cenário econômico: "O foco é na situação econômica e fiscal do Brasil, e o que os pecanicultores podem esperar para o futuro em termos de atividade econômica (demanda por pecã), juros (para investimentos) e câmbio. O objetivo é fornecer um panorama abrangente para auxiliar o setor", resumiu. Questionado sobre tecnificação e maquinário, o economista disse que “a tecnologia é sempre o caminho, desde que seja implementada de forma equilibrada e com investimentos dinâmicos” destacou.
Foto: Eduardo Silva/AgroEffective
Informações: AgroEffective