Exportação brasileira de açúcar recua 2,5% em volume e 21,1% em preço em novembro
No período, foram despachadas 3,3 milhões de toneladas do produto a um preço médio de US$ 377,13/t
Depois de registrar aumentos em outubro, as exportações brasileiras de açúcar voltaram a cair em novembro em comparação com os volumes vistos um ano antes. No período, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), 3,3 milhões de toneladas do adoçante foram destinadas a outros países, baixa de 2,5% em relação a novembro de 2024. Comparativamente com outubro, a retração chegou a 20,7%.
Os dados detalhados de exportações foram divulgados pela secretaria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na última quinta-feira, 4.
Mantendo a tendência vista nos meses anteriores, os preços continuaram em queda. O produto foi negociado a US$ 377,13 por tonelada, retração de 4,2% no mês e de 21,1% no ano. Desta forma, a receita mensal chegou a US$ 1,25 bilhão, 23,1% abaixo dos US$ 1,62 bilhão arrecadados no mesmo período do ano passado.
Do total exportado em novembro, 2,92 milhões de toneladas foram de açúcar bruto, queda de 4,2% na comparação com 2024. Neste caso, o preço médio foi de US$ 372,32/t (-21,2%), o que resultou em uma receita de US$ 1,09 bilhão (-24,5%).
As 377,13 mil toneladas restantes foram do produto refinado, acréscimo anual de 13%. Neste caso, o preço médio ficou em US$ 414,47/t (-22%), gerando um faturamento de US$ 156,31 milhões (-11,8%).
No mês, os principais destinos do açúcar brasileiro foram: China (442,43 mil toneladas); Bangladesh (363,03 mil t); Índia (292,76 mil t); Arábia Saudita (215,28 mil t); e Marrocos (215,13 mil t).
No acumulado do ano, o Brasil exportou 30,86 milhões de toneladas de açúcar, 12,8% abaixo do volume visto entre janeiro e novembro de 2024. Já o preço médio passou por uma retração de 13,4%, para US$ 422/t, totalizando uma receita de US$ 13,02 bilhões (-24,5%).
No acumulado de 2025, o Brasil exportou 23,42 milhões de toneladas de açúcar, 17,2% abaixo do volume visto entre janeiro e setembro de 2024. Já o preço médio passou por uma retração de 11,4%, para US$ 433,80/t, totalizando uma receita de US$ 10,16 bilhões (-26,7%).
Taxação dos EUA
Desde o início da taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos para importações de produtos brasileiros, as negociações entre os dois países apresentaram quedas. Segundo o MDIC, houve retração em agosto, setembro e outubro.
No final de outubro, o país norte-americano definiu a cota preferencial brasileira em 146,61 milhões de toneladas. O montante foi rateado entre 41 usinas da região Norte-Nordeste.
Em novembro, os EUA adquiriram 23,61 milhões de toneladas de açúcar brasileiro, queda de 18,5% em relação às 28,98 mil toneladas importadas em outubro. Já na comparação anual a retração chegou a 77,3% – no mesmo período de 2024, o país norte-americano negociou 103,83 mil toneladas de açúcar com o Brasil.
O preço médio apresentou uma redução anual de 1,6%, totalizando US$ 497/t. No ano anterior, o adoçante foi negociado por, em média, US$ 505/t.
Apesar da China ter incrementado a sua importação de açúcar brasileiro recentemente, em novembro, o país asiático adquiriu 442,43 mil de toneladas de açúcar brasileiro, queda de 28,6% no mês. Na comparação anual, por outro lado, houve um aumento de 261,2%.
No quesito precificação, a China negociou o adoçante por, em média, US$ 369/t em novembro. O valor caiu 18,4% ano a ano. No mesmo mês de 2024, o produto foi vendido por cerca de US$ 452/t.
Fonte: NOVACANA



