Exportação de carnes para a China é tema de reunião entre governo e entidades do setor

Governo e entidades se reúnem para tratarem dos termos para habilitação de novos frigoríficos brasileiros para exportação de carnes para a china

Agronegócio
03/05/2019 às 10:48 atualizado por Marcio Nory - SBA
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Foto: Divulgação

O secretário de Comércio e Relações Internacionais, embaixador Orlando Leite Ribeiro, reuniu-se nesta segunda-feira no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) com exportadores brasileiros de proteína animal e com vários representantes do setor privado. Participaram da reunião representantes da BIEC, da ABPA, da ABRAFRIGO, do SINDICARNES, do SINDIFRIO e da UNIEC.

O encontro teve como objetivo explicar a estratégia a ser adotada nas conversas com as autoridades chinesas visando a possível habilitação de novos exportadores brasileiros de carnes de ave, bovina, suína e asinina. A reunião foi acompanhada pelo secretário de Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal e outros assessores do Mapa.

Orlando Leite Ribeiro destacou a necessidade de encaminhar planos de ação que tratem das não conformidades identificadas na missão de inspeção chinesa e da importância de responder corretamente aos questionários de acreditação.

Os documentos acima, caso entregues em prazo adequado, seriam encaminhados à parte chinesa em quatro listas, na seguinte ordem:

a) estabelecimentos habilitados para a União Europeia (EU), conforme solicitou a GACC (General Administration of Customs China), em contato telefônico com nossa embaixada em Pequim. Essa informação foi recebida oficialmente no Mapa na sexta-feira (26/4), e transmitida para o setor privado no mesmo dia. Ainda em 26/4, foi criado um grupo eletrônico de discussão envolvendo todos os atores.

b) estabelecimentos inspecionados em novembro último, mas não habilitados para a UE (os que foram visitados na última missão e possuem habilitação para a UE estão na primeira lista acima);

c) estabelecimentos de suínos habilitados para outros mercados exigentes (recorde-se que a UE não autoriza a importação dessa carne, razão pela qual foi feita lista específica); 

d) estabelecimentos de bovinos, de aves e de asininos habilitados para outros mercados exigentes que não a UE.

Segundo o Mapa as negociações com os chineses devem ser baseadas no pleito da GACC (General Administration of Customs China), isto é, que sejam “incluídos apenas questionários de estabelecimentos que já estejam habilitados para a UE”.

O Mapa, ainda destaca que seu principal objetivo é capacitar as empresas nacionais sem distinção e que o faz sob o princípio da isonomia e da transparência para alavancar o agronegócio brasileiro como um todo para a eventual habilitação com as autoridades chinesas.