FPA afirma que medidas do governo federal para conter inflação de alimentos são ineficazes
Frente defende que o desequilíbrio fiscal é responsável por onerar os custos e por alavancar a inflação
O governo federal anunciou na noite de ontem (6/3), como alternativa para segurar a inflação dos alimentos, que vai zerar o imposto de importação de nove tipos de comida: azeite, milho, óleo de girassol, sardinha, biscoitos, macarrão, café, carnes e açúcar.
A Frente Parlamentar da Agropecuária, FPA, afirma que a medida é ineficaz, e que uma redução mais eficiente para combater a inflação de alimentos seria a colheita da safra brasileira, que ocorre nos próximos meses e a correção de ações que impactam diretamente o custo de produção no Brasil.
Em nota, aponta que 'O problema da inflação não é a oferta de alimentos. O governo federal tenta criar a narrativa de buscar soluções, quando o problema está concentrado no seu próprio desequilíbrio fiscal, responsável por onerar os custos e por alavancar a inflação. Não é transferindo o ônus de bancar o desequilíbrio do gasto público do governo para os produtores rurais que teremos uma comida mais barata e uma produção economicamente viável. As medidas apresentadas pelo governo federal são pontuais e ineficazes para efeito imediato, especialmente quando se gasta recurso interno ao zerar impostos para produtos importados, sem garantir o reforço ao apoio da produção brasileira.'
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) ressalta a necessidade de iniciar as tratativas do novo Plano Safra 25/26, com a garantia de implementação total de recursos, do acesso pleno e com juros adequados aos produtores rurais brasileiros; e aguardamos ainda um retorno do governo federal sobre as medidas estruturantes de curto e médio prazo apresentadas pela FPA, em conjunto com o setor produtivo nacional, na última sexta-feira (28), ao Ministério da Fazenda e à Casa Civil.
Fonte: Frente Parlamentar da Agropecuária