Inflação cai em novembro para todas as faixas de rendas, indica Ipea
Maior desaceleração ocorreu para as famílias de renda mais baixa
Agronegócio
Análise do Indicador de Inflação por Faixa de Renda, divulgada hoje (15), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), aponta que a inflação desacelerou para todas as faixas de renda em novembro.
No segmento de renda mais baixa, a taxa saiu de 1,35% em outubro para 0,65% em novembro. Para as famílias de renda média e média-alta o ritmo da queda foi menor e passou de 1,1% para 1,08%.
De acordo com o Ipea, ainda que tenha ocorrido desaceleração em novembro, a inflação acumulada nos 12 meses para as famílias que recebem menos de R$ 1.808,79 atingiu 11%, o que significa um percentual maior que o das famílias que ganham mais de R$ 17.764,49, que alcançaram 9,7% na inflação acumulada em 12 meses.
As maiores pressões inflacionárias no acumulado do ano ficaram com as famílias de renda média-baixa, que têm rendimentos mensais de R$ 2.702,88 a R$ 4.506,47; e as de renda média com rendimentos entre R$ 4.506,47 e R$ 8.956,26. Para a faixa de renda média-baixa, as variações acumuladas ficaram em 9,6% e na de renda média foram de 9,5%.
Inflação
Para as duas faixas de menor renda, a inflação de novembro ficou abaixo da registrada no mesmo mês de 2020. O motivo é a melhora no desempenho dos preços dos alimentos em 2021. No ano passado ocorreram altas expressivas dos cereais (4,9%), tubérculos (16,2%), carnes (6,5%) e óleos e gorduras (6,5%).
Em movimento contrário, a piora da inflação corrente para as famílias de renda mais alta vem dos reajustes mais modestos, em 2020, da gasolina (1,6%), do óleo diesel (1,6%) e dos automóveis novos (1,1%), além da queda dos produtos de informática (-1%) e dos gastos com hospedagem (-0,4%), em relação aos registrados neste ano.
Informações por Agência Brasil
Foto de capa: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil