Inglaterra registra caso clássico de 'vaca louca'
Ocorrência foi confirmada pela Agência de Saúde Vegetal e Animal do Reino Unido
Pecuária
Um caso clássico da doença conhecida por “mal da vaca louca” (BSE, encefalopatia espongiforme bovina) foi confirmado, no final de semana, em uma fazenda em Somerset, no sudoeste da Inglaterra.
O anúncio foi feito pela Agência de Saúde Vegetal e Animal do Reino Unido (APHA em inglês), na sexta-feira (17), um dia após a morte do animal. Segundo a agência, apesar de clássico, o caso não representa risco para a segurança alimentar.
“O status de risco geral do Reino Unido para BSE permanece ‘controlado’”, afirmou a diretora veterinária da APHA, Christine Middlemiss.
Mesmo assim, o governo local decretou restrições de movimento de animais na fazenda, enquanto novas investigações serão realizadas para identificar a origem da doença.
O procedimento é classificado como padrão pelo sistema de vigilância para detecção e contenção desse tipo de doença na Inglaterra.
Houve cinco casos confirmados de BSE no Reino Unido desde 2014, todos em animais que foram mortos e não se destinavam à cadeia alimentar humana e não representavam riscos para o público em geral, de acordo com nota emitida pela agência.
A doença foi responsável pelo abate de milhares de animais, entre 1986 e parte da década de 1990, no Reino Unido.
A OIE (Organização Mundial da Saúde Animal) e parceiros comerciais foram informados do caso. A medida não afeta a capacidade do Reino Unido de exportar carne bovina para outros países.
Brasil
No começo de setembro, o Brasil registrou dois casos atípicos de vaca louca, um em Minas Gerais e outro no Mato Grosso.
A forma clássica da doença tem transmissão por via alimentar, como consumo de ração contaminada por farinha de carne/osso, proveniente de outros bovinos afetados, enquanto a forma atípica, detectada no Brasil, não está ligada a ingestão de alimentos e ocorre em animais com idade avançada de forma espontânea.
Foto de capa: Wenderson Araujo/Sistema CNA Senar