MPT apura impacto social do fechamento de fábricas da Ford
Procuradores se reuniram com diretores da montadora nesta quinta-feira
O Ministério Público do Trabalho (MPT) realizou nesta quinta-feira (14) reunião com representantes da Ford sobre o fechamento de unidades da empresa no país e demonstrar possíveis danos sociais com o fim das atividades das fábricas de Taubaté (SP), Camaçari (BA) e Horizonte (CE). Procuradores do órgão informaram à empresa a abertura de três inquéritos civis para apuração de impactos da medida.
A reunião teve a participação do secretário especial da Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal, e o secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo, ambos do Ministério da Economia, e do diretor jurídico da Ford, Luís Cláudio Casanova, com o gerente de Relações Governamentais da montadora, Eduardo Freitas, e três advogados da empresa.
O procurador-geral do MPT, Alberto Balazeiro, demonstrou preocupação com os reflexos sociais e com a empregabilidade dos trabalhadores da empresa após o fim das atividades nas três unidades da montadora. Foi ressaltado também que existe toda uma cadeia produtiva do entorno da empresa que será atingida. Balazeiro destacou, ainda, que a audiência teve como foco abrir um canal de diálogo com a Ford.
Com base nos três inquéritos civis instaurados pelo MPT, foi criado um Grupo Especial de Atuação Finalística (Geaf) que atuará de forma coordenada e estratégica para mitigar os impactos decorrentes do encerramento das atividades nas três fábricas da Ford no Brasil.
Os representantes da Ford repetiram os argumentos que a empresa vem sustentando para justificar sua saída do Brasil. Também se comprometeram em encaminhar ao MPT e ao governo os dados a serem requisitados.
Foto de capa: Divulgação/Ford
Com informações do MPT.



