Mercado de algodão registra valorização acima de 16%

Algodão obteve preços recordes mesmo após colheira de 2,9 milhões de toneladas

02/02/2021 às 13:39 atualizado por Redação - SBA
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O mercado brasileiro de algodão registra preços recordes mesmo após a colheita de 2,9 milhões de toneladas na temporada 2019/2020. Os fatores que influenciam o cenário, de acordo com o presidente do Conselho e Administração da Bolsa Brasileira de Mercadorias, João Paulo Lefèvre foram a alta no mercado internacional, valorização do câmbio e aumento da demanda em um momento que a oferta está reduzida. 

O cenário também ocorreu nos mercados do milho e soja no ano passado. Mesmo com grandes volumes de lavouras brasileiras, os preços chegaram em patamares inéditos.

Na última segunda-feira (1º), o indicador de preços da Bolsa Brasileira de Mercadorias aponta valor acima de R$ 4,50 por libra peso na pluma no Posto São Paulo. Um mês atrás o valor era de R$ 3,84. A alta passou dos 16% no acumulado de janeiro frente a dezembro e a produção da safra anterior já foi praticamente vendida.

A China segue sendo o principal destino dos embarques brasileiros. Outro fator de alta dos preços no mercado futuro, que deverá ser sentido a partir de agosto, é que este ano, a área plantada no Brasil será 17% menor do que na temporada anterior, segundo projeções. A redução ocorre por uma decisão tomada por produtores em virtude aos preços não estavam tão atrativos pois a cadeia do algodão sofria os impactos de uma menor demanda causada pela pandemia de coronavírus.

Segundo projeções da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) a expectativa para o consumo da pluma em 2021 é animadora. Se tudo se confirmar, o Brasil deve consumir 720 mil toneladas.

 

Com informações Bolsa Brasileira de Mercadorias