Nuvem de gafanhotos na Argentina aproxima-se de fronteira com o Brasil no Rio Grande do Sul
Secretária de Agricultura informou que monitora o avanço dos insetos, que podem prejudicar plantações e pastagens no estado
Meio Ambiente
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e o Ministério da Agricultura estão monitorando o avanço de uma nuvem de gafanhotos que vem percorrendo a Argentina e hoje está na região de Santa Fé, a 250 quilômetros da fronteira com o Rio Grande do Sul. O alerta às autoridades brasileiras foi feito pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa).
“É uma distância relativamente próxima. Se essa nuvem persistir e as condições meteorológicas forem favoráveis ao ingresso da praga no Estado, pode afetar algumas culturas e pastagens inclusive", conta o fiscal agropecuário Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr.
O secretário Covatti Filho afirma que a pasta está monitorando junto com o ministério para saber se haverá o ingresso na região da fronteira. “Estamos atentos a todo o movimento e discutindo ações para preparar o Estado caso haja avanço da nuvem de gafanhotos. O risco existe e não podemos ignorar” ressalta Covatti.
Relatos da mídia argentina dão conta de que a nuvem de gafanhotos teria vindo do Paraguai e das províncias de Formosa e Chaco, onde há produção de mandioca, milho e cana-de-açúcar. Seu deslocamento é influenciado pela direção dos ventos e a ocorrência de altas temperaturas.
De acordo com informações do jornal argetino InfoCampo, culturas de aveia e trigo de pequenos produtores foram danificadas.
#Alerta #Langosta 🦗⚠️#SantaFe
— Senasa Argentina (@SenasaAR) June 18, 2020
Como habíamos pronosticado, la manga de langostas ingresó a la provincia en el día de hoy y luego de desplazarse casi 140 km se asentó en cercanías de la localidad de Lanteri. pic.twitter.com/YHPHSEN8H5
Flávio Varone, meteorologista da Seapdr, analisou as condições climáticas do período atual para avaliar os riscos destes insetos chegarem ao Rio Grande do Sul. “A aproximação de uma frente fria oriunda do sul vai intensificar os ventos de norte e noroeste, potencializando o deslocamento do massivo para a Fronteira Oeste, Missões e Médio e Alto Vale do Rio Uruguai. Contudo, a tendência de queda nas temperaturas e previsão de chuva para todo o Estado nesta quinta-feira tende a amenizar o risco de dispersão da praga”, detalha.
Caso algum produtor identifique a presença destes insetos em grande quantidade, a orientação é informar a inspetoria de defesa agropecuária da sua localidade.
Informações por Seapdr/ RS/ Foto de capa por Senasa