Pequenos produtores compõem a maior parte do setor pecuário de MT
Criadores com rebanho de até 1.000 cabeças são maioria no Estado
O setor da pecuária em Mato Grosso não é formado, em sua maioria, por grandes fazendeiros. A informação foi constatada por meio de um levantamento realizado pelo Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária), que revela que os pequenos e médios produtores, com até 1.000 cabeças de gado, são os responsáveis por manter a atividade no Estado, que possui o maior rebanho bovino do Brasil.
Os pesquisadores entrevistaram 409 pecuaristas de todas as sete macrorregiões, em 93 municípios. De acordo com o estudo, 78% dos entrevistados declararam ter um rebanho de até 1 mil cabeças de gado. Juntos, eles possuem 356 mil cabeças de bovinos. Também foi verificado que o sistema de produção mais realizado pelos pecuaristas Mato-Grossenses é a recria/engorda.
Ainda de acordo com a pesquisa, 58% das propriedades com bovinos possuem até 500 hectares. Já os pecuaristas com grandes propriedades, acima de 10 mil hectares, representam apenas 2% dos entrevistados.
Segundo o Imea, o perfil do pecuarista de Mato Grosso é formado, em sua maioria, por pessoas de 46 a 65 anos de idade e que atuam na atividade entre 11 e 35 anos. Em relação ao grau de ensino dos criadores, 45% possuem ensino superior, enquanto apenas 7% declararam ter apenas ensino básico.
Pesquisa
O levantamento dos dados da pesquisa foi realizado entre os meses de setembro e outubro de 2021, por telefone, com os pecuaristas de Mato Grosso. A escolha do produtor foi feita de maneira aleatória, sendo que a distribuição entre as regiões foi feita de acordo com a quantidade de propriedades por região, conforme o Censo Agropecuário 2017 do IBGE.
Com as informações levantadas, buscou-se traçar o perfil do pecuarista na era digital em Mato Grosso, e para isso foram analisadas informações dos pecuaristas entrevistados quanto ao grau de instrução, idade e tempo de produção, por exemplo. Os detalhes podem ser conferidos AQUI.
Com informações da Acrimat e do Imea
Foto de capa: Wenderson Araujo/CNA-Senar