Preços dos lácteos seguem em queda e Spot com recuo expressivo

forte competição entre laticínios e os varejistas buscando recuperação de margens tem mantido o mercado de lácteos mais baixista

09/09/2025 às 09:36 atualizado por Redação - SBA
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Os preços dos principais derivados lácteos mantiveram viés baixista. O queijo muçarela registrou queda mais acentuada, devido ao aumento da oferta e maior pressão de vendas. O mercado de leite UHT também apresentou um movimento de ligeira desaceleração nos preços. O leite em pó seguiu o mesmo caminho e sofrendo a concorrência das importações. No leite Spot, as cotações arrefeceram ao longo das últimas quinzenas, com maior volume de leite sendo ofertado e menor interesse dos compradores. Estoques com ligeiro aumento, forte competição entre laticínios e os varejistas buscando recuperação de margens tem mantido o mercado de lácteos mais baixista.

Conseleites indicam recuo

As sinalizações dos Conseleites para o pagamento do leite entregue em agosto apontaram queda nas projeções em todos os estados acompanhados. Paraná e Rio Grande do Sul registraram reduções mais acentuadas, enquanto Santa Catarina e Minas Gerais apresentaram recuos moderados. Mas o movimento geral foi de baixa, em linha com os preços no mercado atacadista de derivados. 

Milho estável; farelo de soja recua

Os preços no mercado de milho ficaram relativamente estáveis no último mês, com a colheita da safrinha na fase final, mas com uma ótima produção. No mercado de soja, as cotações do farelo voltaram a recuar, com dois fatores desfavoráveis às exportações brasileiras: 1) expectativas de avanço no acordo entre Estados Unidos e China; 2) valorização do real frente ao dólar. No mercado pecuário, o boi gordo registrou pequeno aumento nos preços e puxou as cotações do bezerro, em um cenário de escalas curtas de abate e oferta mais ajustada de animais terminados, que se concentra em confinamentos neste período de estiagem. O câmbio oscilou com viés de apreciação e o Focus manteve a sinalização de crescimento do PIB em torno de 2,2% para 2025.

Fonte: EMBRAPA