Preços globais das commodities alimentares registram aumento expressivo, diz FAO

Elevação mensal foi a mais acentuada desde julho de 2012

03/12/2020 às 15:02 atualizado por Redação - SBA
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Os preços globais das commodities alimentares registraram aumento significativo em novembro, atingindo o nível mais alto em quase seis anos. As informações foram divulgadas no relatório das Nações Unidas nesta quinta-feira (3). A média do Índice de Preços de Alimentos da FAO apontou 105,0 pontos durante o mês. 

A elevação mensal foi a mais acentuado desde julho de 2012, colocando o índice em seu nível mais alto desde dezembro de 2014. O índice de Preços de Alimentos da FAO acompanha as mudanças nos preços internacionais das commodities alimentares mais comercializadas globalmente. Todos os seus subíndices subiram em novembro.

Conforme a FAO, o óleo vegetal da FAO ganhou impressionantes 14,5% no mês, liderado por uma alta contínua nos preços do óleo de palma, associada a fortes contrações nos níveis de estoque mundial.

Para os cereais, foi registrado alta de 2,5% em comparação a outubro e teve média de 19,9% maior do que novembro do ano passado. Os preços de exportação do trigo subiram, vinculados às perspectivas de colheita reduzidas na Argentina, assim como os preços do milho devido às expectativas de produção mais baixas nos Estados Unidos da América Ucrânia, bem como grandes compras da China. Os preços internacionais do arroz mantiveram-se estáveis durante o mês.

Em relação ao Índice do açúcar, alta de 3,3% no mês a mês em meio às expectativas crescentes de um déficit de produção global na próxima temporada de comercialização, já que as condições climáticas desfavoráveis reduziram as perspectivas de safra na União Europeia, Federação Russa e Tailândia.

Os laticínios tiveram aumento de 0,9%. O valor foi impulsionado em grande parte pelos preços mais firmes da manteiga e do queijo e pelo aumento das vendas no varejo na Europa durante um período sazonal de baixa para a produção de leite na região.

Por fim, o Índice de Preços de Carne da FAO aumentou 0,9%, mas ainda está 13,7 por cento abaixo de seu valor do ano anterior. Preços das carnes bovina, ovina e suína aumentaram, enquanto os da carne de aves diminuíram.