Produção de etanol alcança 33,14 bilhões e mantém recorde no Brasil, diz Conab
Brasil deve alcançar produção total de 33,14 bilhões de litros de etanol
Etanol

Brasil deve alcançar produção total de 33,14 bilhões de litros de etanol, o que representa um aumento de 21,7% ou 5,9 bilhões de litros, em relação ao período passado. O recorde se mantém também para a quantidade de etanol hidratado, com 23,58 bilhões de litros, ou seja, 45,2% ou 7,3 bilhões de litros a mais que o ciclo anterior. Este cenário confirma o novo recorde de produção de etanol para o país, batendo o índice anterior de 30,5 bilhões na safra de 2015/16. No hidratado, o maior valor até então alcançado havia sido de 19,6 bilhões de litros, na safra 10/11.
Dados são do 4º levantamento da Safra de Cana-de-açúcar 2018/2019 divulgado nessa terça-feira (23) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O estudo mostra também que houve redução com relação ao anidro, que é utilizado na mistura com a gasolina. A produção ficou em 9,56 bilhões de litros, 13,1% a menos que no período antecedente.
De acordo com superintendente de Informações do Agronegócio, Cleverton Santana, aumento na produção de etanol nesta safra deveu-se, principalmente, à queda de preços do açúcar no mercado internacional e a um cenário mais favorável para o etanol no mercado interno, frente à alta do dólar e do petróleo. “Esses fatores fizeram com que as unidades de produção aumentassem a destinação de cana-de-açúcar para a produção de etanol nesta safra”, explica.
Safra da cana foi de 620,4 milhões de toneladas, apresentando redução de 2% em relação à anterior de 633,26 milhões de t. No caso da produção de açúcar, esta atingiu 29,04 milhões de t, um decréscimo de 23,3% ou 8,8 milhões de t, se comparado à temporada passada. A área colhida ficou em 8,59 milhões de hectares, o que representa uma diminuição de 1,6% se comparada a 2017/18.
Na região sudeste, principal produtora do país, com São Paulo e Minas Gerais abrangendo quase 64% da produção nacional, a produção total foi de 400,3 milhões de t, uma redução de 4,1% em relação à safra 2017/18, por problemas climáticos e devolução de terras arrendadas.