Produtores de azeite no Brasil cobram compensação do governo por autorizados a importados

Setor nacional alega prejuízos com a medida e busca de apoio do Mapa para garantir competitividade

17/03/2025 às 12:34 atualizado por Allana Ferrsouza - SBA
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A decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) de zerar o imposto de importação sobre o azeite de oliva gerou insatisfação entre os produtores brasileiros. O presidente do Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), Renato Fernandes, afirma que o setor não é contra a redução da alíquota, mas defende um tratamento igualitário. Ele destaca que os olivicultores enfrentam barreiras nacionais para exportar seus produtos, especialmente para a Europa.

Diante do impasse, deputados federais, como Alceu Moreira (MDB), Pedro Westphalen (PP) e Marcel van Hattem (Novo), articulam um encontro com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, para discutir o tema. Segundo Fernandes, a autorização aos importados desestimula a produção nacional, que já lida com impostos altos nos mercados internacionais.

Além da questão tributária, o setor alerta para fraudes no mercado de azeites. O Ibraoliva estima que mais da metade dos azeites importados no Brasil tenham classificação adulterada, sendo vendidos como extravirgens, quando na verdade são de qualidade inferior. Fernandes defende que apenas análises laboratoriais do Ministério da Agricultura podem coibir essas irregularidades, que impactam tanto a concorrência quanto à saúde dos consumidores.

Informações: Assessoria AgroEffective