Quarta Temporada do MT Clima e Mercado chega à região sul do estado

No 8º episódio, a série mostra a realidade da Safra 2025/26 nos núcleos de Alto Taquari e Alto Garças

09/12/2025 às 08:29 atualizado por Redação - SBA
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A Quarta Temporada da Série Mato Grosso Clima e Mercado da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), chegou nesta segunda-feira (08.12) à região sul do estado para acompanhar a realidade da safra 2025/26. No 8º episódio, produtores dos núcleos de Alto Taquari e Alto Garças relataram atrasos no plantio, estiagens prolongadas e impactos no desenvolvimento da soja.

Em Alto Taquari, o produtor Douglas Júnior Turchetti explicou que o início da safra seguiu o padrão observado em várias regiões de Mato Grosso. “O plantio do nosso município não foi diferente do restante do estado. As chuvas atrasaram cerca de 15 dias, geralmente aqui nós iniciamos o plantio no primeiro dia de outubro, mas neste ano começamos apenas em 15 de outubro. Apesar do atraso, as chuvas se normalizaram e o plantio ocorreu de forma rápida”, conta o produtor.

Douglas conta que o município ainda enfrentou períodos sem chuva, intercalados por precipitações leves. “Tivemos algumas áreas pontuais com até 15 dias de estiagem, mas no início de dezembro já estavam normalizadas e o desenvolvimento da lavoura está acontecendo de forma tranquila”,

Sobre a expectativa da safra, ele afirma que o maior desafio pode vir na colheita, já que enfrentam um gargalo com logística e armazenagem. “O desenvolvimento da cultura a gente acredita que vai ser promissor, porém com o atraso da chuva, nos preocupa o possível alongamento e o acúmulo delas na colheita. Este é um problema que a gente detecta, um plantio rápido, toda a produção vai ser colhida de uma vez, colheita concentrada e também a questão do déficit de armazenagem. Hoje a gente acolhe 60% da nossa produção aqui, a maioria já em propriedades e poucos prestadores de serviço. Nos preocupamos com o acúmulo do restante da produção”, disse.

Pouco mais de 120 quilômetros de distância, no núcleo de Alto Garças, o delegado Deniz Krampe relata que o plantio foi marcado por interrupções. “Na minha área tivemos estiagem. Começamos plantando dia 16 de outubro, paramos por falta de chuva, cerca de 10 dias parados, fomos retomando aos poucos, porém finalizamos toda área apenas no dia 2 de novembro”, afirmou.

Ao lado do delegado coordenador Rodrigo Polo Pires, Deniz contou que houve problemas no estande das plantas, o principal impacto veio dos longos períodos de sol logo após a emergência da soja. “O estande ficou baixo. Eu acredito que podemos perder um pouco dessa produção porque ela perdeu muito tempo de crescimento. Quando a soja nasceu, chegamos a ficar 22 dias sem chuva, isso atrapalhou muito”.

Com o atraso do plantio, a perspectiva é de redução na área destinada ao milho.

“Tenho conversado com outros produtores, que avaliam reduzir a área de milho na segunda safra. Aqui na região, acredito que a diminuição pode chegar a 20% ou até 30%”, explica.

A série MT Clima e Mercado segue nesta semana registrando a realidade da safra em diferentes regiões de Mato Grosso, trazendo o relato dos produtores e mostrando os principais desafios e expectativas da lavoura. No próximo episódio, a Aprosoja MT percorre os núcleos de Rondonópolis, Jaciara e Campo Verde.

 

Informações: Assessoria de Comunicação Aprosoja MT Bruna Lima Brito Damasceno