Reservatórios de SP recuam e ficam abaixo de 50%
Cantareira opera com 37,9% e Alto Tietê com 32,7%; chuvas seguem insuficientes para recuperação
O volume armazenado nos reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo continua em declínio no mês de agosto. De acordo com dados atualizados nesta sexta-feira (15/08) pela Sabesp, o nível geral está em 40,8% da capacidade, com queda de 0,3 ponto percentual em relação ao dia anterior.
Situação dos principais sistemas
Cantareira – Opera com 37,9% de sua capacidade, registrando variação negativa de 0,3%. O acumulado de chuva em agosto é de apenas 0,5 mm, muito abaixo da média histórica de 34,2 mm.
Alto Tietê – Com 32,7% de volume armazenado, caiu 0,2% nas últimas 24h. O mês soma 2,2 mm de chuva, frente a uma média de 30 mm.
Guarapiranga – Está com 58,2% de capacidade e registrou queda de 0,4%. A pluviometria de agosto chega a 4 mm, bem inferior à média de 39,8 mm.
Cotia – Apresenta 63,9% de armazenamento, com redução de 0,4% e apenas 3,6 mm de chuva no mês.
Rio Grande – Com 62,2%, teve queda de 0,3%. Apesar de somar 7,8 mm de chuva, o valor segue abaixo da média histórica de 48,4 mm.
Rio Claro – Um dos mais críticos, opera com 28,5% da capacidade, queda de 0,4%. O acumulado de chuva é de 20,4 mm, contra a média de 100,1 mm para agosto.
São Lourenço – Registra 61,1% de armazenamento, variação negativa de 0,5% e apenas 2 mm de chuva no mês, frente à média histórica de 60,7 mm.
Chuvas muito abaixo da média
Os dados pluviométricos mostram que, até o momento, todos os sistemas acumulam volumes muito abaixo do esperado para o mês. A ausência de precipitação significativa agrava a queda nos níveis de armazenamento, situação típica para o período seco, mas que preocupa pelo ritmo de redução.
Risco para o abastecimento
Com a proximidade da primavera e a expectativa de retorno das chuvas regulares apenas em meados de setembro ou outubro, a atenção sobre os níveis dos mananciais aumenta. A manutenção de volumes baixos pode pressionar o abastecimento e exigir medidas preventivas para evitar maiores impactos no fornecimento de água à população.
Fonte: CLIMATEMPO