Resultados de projeto sobre sanidade ovina são apresentados em Alegrete
Ações de prevenção e educação sanitária reduziram condenações de abate por hidatidose
Após dois anos de ações de prevenção e educação sanitária junto a 11 propriedades criadoras de ovinos em Alegrete, as condenações de abate por presença de hidatidose reduziram de forma significativa, e as condenações por cisticercose e sarcocistose foram zeradas. Estes são os resultados do projeto “Sanidade e Educação em Saúde Única na Ovinocultura de Alegrete”, apresentados nesta quinta-feira (4/12) durante o Seminário de Ovinocultura realizado na 44ª Feira de Ovinos de Alegrete.
A iniciativa é uma parceria da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) com a prefeitura de Alegrete, Universidade Federal do Pampa (Unipampa Uruguaiana) e Centro Universitário Regional da Campanha (Urcamp Alegrete), além da Emater/RS-Ascar e Coordenadoria de Saúde do Rio Grande do Sul.
O projeto teve início em julho de 2023, a partir da observação da Supervisão Regional de Alegrete sobre dados de abate em frigoríficos com inspeção estadual. “Verificamos uma grande incidência de doenças como hidatidose, cisticercose e sarcocistose em ovinos originados do município de Alegrete”, conta a supervisora regional Karin Vasconcellos Silva.
Durante os dois anos do projeto, foram feitas oito visitas em 11 propriedades rurais, escolhidas por terem uma incidência de mais de 10% dessas doenças. Entre as atividades propostas, estavam a aplicação de um questionário, ações de educação sanitária sobre as enfermidades e tratamento dos cães das propriedades com vermífugos para as doenças em questão. “Também promovemos cinco encontros nas comunidades rurais, com apresentação sobre as doenças, os riscos e formas de transmissão, além de duas oficinas em escolas rurais”, enumera Karin.
Os resultados do projeto foram apresentados durante o Seminário de Ovinocultura pelo professor Tiago Gallina, da Unipampa, e o extensionista Tiago Pedroso, da Emater/RS-Ascar, que abordou as reuniões e visitas nas propriedades. “Consideramos o projeto um grande êxito, especialmente pela união de várias instituições trabalhando voltadas para a saúde pública, sanidade do rebanho e ganhos socioeconomicos aos produtores de ovinos”, finaliza a supervisora.
Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação



