Safra 21/22: Conab estima colheita de 568,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar

Geadas e estiagem reduziram volume de matéria-prima em 13,2%, em relação a última safra

23/11/2021 às 12:00 atualizado por Redação - SBA
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A terceira estimativa da safra 2021/22 de cana-de-açúcar, realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta para uma redução na produção de cana-de-açúcar. Os números, divulgados nesta terça-feira (23), estimam que sejam colhidas 568,4 milhões de toneladas, um volume de matéria-prima 13,2% menor em relação à safra 2020/21.

Os efeitos climáticos adversos da estiagem durante o ciclo produtivo e as baixas temperaturas registradas em junho e julho deste ano, com episódios de geadas em algumas áreas de produção, sobretudo em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, impactaram na produtividade das lavouras.

No Sudeste, principal região produtora do país, a previsão é de uma redução de 16,8% na produção, alcançando 356,7 milhões de toneladas, resultado da diminuição de 4,1% na área cultivada, além das adversidades climáticas.

No Centro-Oeste, houve redução de 0,8% na área a ser colhida, num total de 1,8 milhão de hectares, e a produção estimada é de 132,2 milhões de toneladas, 5,4% menor que a obtida na safra anterior.

Já no Nordeste, a redução está estimada em 13,6% na área a ser colhida, mas com uma estimativa de aumento de 4,6% na produtividade, o que deverá resultar em uma produção de 43,7 milhões de toneladas, 9,7% menor que àquela observada na última safra.

Na região Norte, houve redução de 0,9% na área a ser colhida e incremento de 8,9% na produção, totalizando 3,8 milhões de toneladas.

Já para a região Sul, há um pequeno aumento de 0,4% na área cultivada, mas com produção total estimada em 31,9 milhões de toneladas, uma redução de 6,6%, em comparação com a safra anterior, devido à diminuição na produtividade.

Mercado

No acumulado dos primeiros sete meses da safra 2021/22, de abril a outubro deste ano, o Brasil exportou cerca de 16,9 milhões de toneladas de açúcar, o que corresponde a uma redução de 17,9% na comparação com igual período do ciclo anterior, influenciada pela queda da produção brasileira de cana na safra atual.

A restrição da oferta interna e a antecipação da entressafra em algumas usinas da região Centro-Sul do país colaboram para o aumento do preço do açúcar no mercado doméstico e redução das exportações. Em outubro de 2021, o Brasil exportou cerca de 2,3 milhões de toneladas de açúcar, o que representa uma redução de 9,0% em relação ao mês anterior e de 41,4% na comparação com outubro do ano passado.

 

Com informações da Conab.

Foto de capa: Wenderson Araujo/ Trilux/ Sistema CNA Senar.