Safra 21/22: Conab reduz estimativa da produção de grãos para 268,2 milhões de toneladas
Companhia divulgou no primeiro levantamento que produtores iriam colher 284,4 milhões de toneladas
284,4 milhões de toneladas
Apesar das adversidades climáticas decorrentes do fenômeno La Niña, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a produção brasileira de grãos na safra 2021/2022 será 5% maior que a do período anterior (2020/2021).
Divulgado hoje (10), o 5º levantamento relativo à atual safra estima que os produtores devem colher cerca de 268,2 milhões de toneladas de grãos – cerca de 12,79 milhões de toneladas a mais que as 255,41 milhões de toneladas da temporada passada.
Ainda melhor que o resultado da temporada 2020/2021, o total esperado representa uma redução das expectativas em comparação ao boletim divulgado em janeiro, no qual a companhia estatal estimava que a produção nacional de grãos poderia atingir 284,4 milhões de toneladas. Volume que, se alcançado, representaria um incremento de 12,5% em comparação ao do período anterior.
Já em relação ao milho, a Conab acredita que a produção se recupere das dificuldades iniciais e que os produtores consigam colher 112,34 milhões de toneladas do grão - resultado 29% superior ao de 2020/21.
O resultado da primeira safra deve permanecer em 24 milhões de toneladas, ficando muito próximo ao total colhido na temporada passada. Já para a segunda safra é esperado aumento de 47% na colheita, podendo chegar a 86 milhões de toneladas.
Área cultivada
Devido tanto à redução da área cultivada, quanto a menor produtividade por hectare, a produção total de feijão deve se manter em torno das mesmas 3 milhões de toneladas do período anterior, sendo que a primeira safra da atual temporada deve apresentar uma queda na colheita de 4,2% - resultado que os técnicos da Conab acreditam que só não será pior porque a expectativa é que as próximas duas safras da leguminosa apresentem recuperação.
No caso do arroz, a Conab estima que a colheita deve atingir 10,57 milhões de toneladas. Resultado que, se confirmado, representará uma queda da produção em torno de 10%.
O algodão, por sua vez, já está semeado em cerca de 79,6% da área destinada ao cultivo e a expectativa da estatal é que a produção cresça próximo a 15%, chegando a 6,6 milhões de toneladas. Além disso, a companhia estima que o volume do produto exportado deve ser 2,5% superior ao do último ano, alcançando 2,05 milhões de toneladas.
Em seu 5º Levantamento da Safra de Grãos 2021/2022, cuja íntegra está disponível na internet, a Conab aponta as questões climáticas como um dos fatores determinantes para o cenário previsto por seus técnicos. Informação que o presidente da estatal, Guilherme Ribeiro, destacou, em nota divulgada hoje.
Com informações da Agência Brasil
Foto de capa: Wenderson Araujo / Trilux / Sistema CNA Senar