Safra de grãos do Paraná deve perder R$ 24 bilhões devido à estiagem
Receita estimada com lavouras de soja deve cair R$ 21 bilhões
Agronegócio
Levantamento preliminar do governo do Paraná indica que a crise hídrica no estado, mais severa desde meados de 2019, contabilizou perdas nas lavouras das principais culturas do período – soja, milho e feijão, estimada em R$ 24 bilhões. Segundo o boletim, a tendência é que esse valor possa subir.
Os números consolidados sobre as perdas nas lavouras em cada região do estado serão divulgados no final de janeiro. O novo relatório também deve registrar redução em outras atividades agrícolas, como batata, tabaco e frutas.
Para possibilitar tomadas de medidas de forma mais ágil e ajudar agricultores e outras categorias de profissionais afetadas pela estiagem no estado, o governo decretou situação de emergência.
“Permite que os agricultores façam minimamente renegociações com fornecedores e com bancos, e estamos atentos, junto com os municípios, para que possamos enfrentar as dificuldades de abastecimento de água para animais, para humanos, para a produção”, afirmou Ortigara.
O secretário já participou de duas reuniões, que também tiveram representantes de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O objetivo é encontrar solução de forma conjunta para amenizar os prejuízos para os produtores. “Queremos acelerar o processo de avaliação de Proagro, de seguro, para aqueles que têm direito”, disse. O governo do Paraná já conversa com as seguradoras que atendem o estado.
No entanto, uma grande parte dos produtores ainda não tem cobertura de seguro para suas culturas. “Renovamos mais uma vez a sugestão aos agricultores para que utilizem esse instrumento que garante mais segurança em casos como esse”, sugeriu Ortigara.
Perdas
De forma preliminar, estima-se que, até agora, a soja, principal cultura deste período na safra 2021/22, teve percentual de perdas de 37%. Inicialmente, projetou-se colheita de pouco mais de 21 milhões de toneladas.
Pelo levantamento desta quarta-feira (05), aproximadamente 7,9 milhões não serão mais colhidos, restando uma produção de 13 milhões de toneladas. Somente nessa cultura, a estimativa de prejuízo monetário é de R$ 21,5 bilhões.
Informações por Seaba/ PR
Foto de capa: Divulgação/ Sistema CNA Senar