Santos Brasil registra lucro líquido de R$ 193,4 milhões no segundo trimestre

Os terminais de contêiner movimentaram 382.398 unidades no 2T25, elevação de 3,5% frente ao mesmo período do ano passado; todas as unidades da Companhia apresentaram crescimento de receita líquida

07/08/2025 às 11:15 atualizado por Redação - SBA
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Com forte desempenho operacional, a Santos Brasil apresentou crescimento de receita em todas as suas unidades de negócios no segundo trimestre deste ano (2T25). A receita líquida consolidada atingiu R$ 880,9 milhões (+25,3% YoY), com destaque para o aumento de 27,9% YoY na receita líquida dos terminais de contêineres e carga geral e de 123,4% YoY na receita líquida de granéis líquidos. O lucro líquido da Companhia totalizou R$ 193,4 milhões (+12,6% YoY), com margem líquida de 22,0% (-2,5 p.p. YoY).
 
O EBITDA consolidado atingiu R$ 456,7 milhões no 2T25 (+35,2% YoY), com margem de 51,8% (+3,8 p.p.). O desempenho foi impulsionado pelos terminais de contêineres e carga geral, que apresentaram EBITDA de R$ 437,3 milhões (+41,9% YoY) e margem de 62,9% (+6,2 p.p. YoY) e pelos terminais de granéis líquidos, cujo EBITDA foi de R$ 21,0 milhões no 2T25 (+189,2% YoY), com margem de 77,2% (+17,5 p.p).
 
Os terminais de contêiner da Santos Brasil movimentaram 382.398 unidades no 2T25 (+3,5% YoY), com maior participação de contêineres vazios (+26,8% YoY), que representaram 30,5% do total movimentado no trimestre (vs. 24,9% no 2T24). As operações de cabotagem cresceram 17,0% YoY no 2T25, enquanto as operações de longo curso se mantiveram estáveis em relação ao 2T24. Outro destaque foi a redução de 32% YoY nas operações de transbordo no 2T25.
 
O Tecon Santos movimentou 340.900 contêineres no 2T25 (+5,2% YoY), com crescimento, principalmente, no fluxo de cabotagem (+27,2% YoY). No longo curso (+0,6% YoY), o contido crescimento refletiu a reordenação de alguns serviços no terminal santista que, pontualmente, resultou em menos escalas ao longo do mês de abril. A partir de maio, com o início do novo serviço SEAS3, operado pela CMA CGM, que conecta a Ásia com a Costa Leste da América do Sul, já se observou a recuperação do volume de longo curso.
 
No 2T25, o Tecon Vila do Conde movimentou 22.969 contêineres (+3,5% YoY), impulsionado pela maior regularidade das escalas e aumento na consignação média dos navios de longo-curso. O Tecon Imbituba, por sua vez, teve uma retração de 20,2% YoY, impactado, principalmente, por omissões de escalas de serviços de longo curso.
 
Na Santos Brasil Logística, a armazenagem de contêineres nos CLIAs recuou 6,3% YoY e a movimentação de pallets caiu 62,1% YoY.
 
O TEV registrou alta de 32,9% YoY na movimentação de veículos, impulsionado pela contínua recuperação dos embarques de veículos leves destinados ao mercado argentino, além das exportações crescentes de veículos pesados.
 
Os terminais de granéis líquidos apresentaram um aumento expressivo de 34,2% YoY no volume de combustível movimentado, reflexo da ampliação da capacidade, o que possibilitou a atração de novos clientes e a ampliação do escopo de contratos vigentes.

No 2T25 o CapEx totalizou R$ 120,9 milhões, com destaques para: a expansão da capacidade e modernização do parque de equipamentos do Tecon Santos; a aquisição, montagem e manutenção de equipamentos operacionais nos terminais de Vila do Conde e Imbituba; projetos de expansão e desenvolvimento do Terminal de Granéis Líquidos (TGL02); e aquisição de novos equipamentos para as operações logísticas.
 
De acordo com Daniel Pedreira Dorea, Diretor Econômico-Financeiro e de Relações com Investidores da Santos Brasil, o foco da estratégia de alocação de capital é maximizar o valor dos ativos da Companhia, ampliando a capacidade de seus terminais para capturar a demanda excedente nos portos de atuação, especialmente em Santos. "Desde 2019, a empresa vem investindo à frente da curva de demanda, inclusive acelerando investimentos programados. A estratégia tem se mostrado acertada, com a Santos Brasil ganhando participação de mercado com melhora contínua de seus indicadores econômico-financeiros. As principais linhas do resultado financeiro crescem muito acima do aumento relativo do volume operado, justamente porque a empresa atingiu um patamar em que é capaz de elevar a produção do terminal sem incrementos relevantes de custos fixos. O Tecon Santos está bem dimensionado para girar operacionalmente alavancado", diz.

OPA

Em abril de 2025, foi concluída a venda da participação - na Santos Brasil - dos fundos e empresas geridas pelo Opportunity para o Grupo CMA CGM, que passou a ser o acionista controlador da companhia, com uma participação de 51% no capital social. Ato contínuo, em maio, o Grupo CMA CGM protocolou na CVM o pedido de registro de Oferta Pública para a aquisição de até a totalidade das ações ordinárias de emissão da Santos Brasil ("OPA"). A OPA em questão unifica três modalidades de oferta pública para aquisição de ações: a obrigação contratual assumida pela CMA no âmbito do "Contrato de Compra e Venda de Ações da Companhia" e pela posterior aquisição do controle da Companhia; a conversão de registro da Companhia na CVM de emissora de valores mobiliários categoria "A" para "B"; e a saída da Companhia do segmento especial de listagem do Novo Mercado.