Segunda safra de milho 23/24 inicia com expectativa de queda na produção em MS e PR

Apesar de terem implantado as lavouras em calendário muito mais favorável do que na safra anterior, devem registrar perdas decorrentes do clima seco ao longo dos meses de março e abril

23/05/2024 às 17:33 atualizado por João Pedro Flores - SBA
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A colheita da segunda safra de milho 23/24 tem início com estimativa de queda na produção devido à redução de área e condições climáticas irregulares no Mato Grosso do Sul e Paraná. A estimativa é de um volume de 96,7 milhões de toneladas – 10,5% abaixo da temporada passada – com produtividade de 98,8 sacas por hectare (7% menor que na safra 2022/2023), de acordo com a Agroconsult, organizadora do Rally da Safra.

Em campo, seis equipes técnicas farão o levantamento quantitativo e qualitativo das lavouras da segunda safra em quatro estados produtores: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná.

Tempo seco trouxe danos para o MS e PR

Paraná e o Mato Grosso do Sul, apesar de terem implantado as lavouras em calendário muito mais favorável do que na safra anterior, devem registrar perdas decorrentes do clima seco ao longo dos meses de março e abril. “O cenário do Mato Grosso do Sul, sem dúvida, é o mais preocupante. Todo o sul do estado foi afetado pela estiagem que já causou danos irreversíveis”, explica Debastiani.

Minas Gerais, Maranhão, Piauí e Tocantins, no entanto, implantaram as lavouras de segunda safra em uma janela de maior risco climático, em razão do atraso da safra da soja. Com exceção de Minas Gerais, os demais estados foram beneficiados pelas chuvas tardias de abril.

A produção total de milho (primeira e segunda safra) é estimada pela Agroconsult em 123,4 milhões de toneladas, em área de 21,1 milhões de hectares.

Fonte: Agroclima