Setembro inicia com soja em baixa
Com dólar e Chicago recuando produtores saíram do mercado
Mercado
Depois de um agosto com movimentação positiva no mercado brasileiro de soja, a primeira semana de setembro iniciou com baixa. Os produtores saíram do mercado com o dólar e Chicago recuando, o resultado foi a comercialização travada e preços mais baixos.
O mercado se manteve sob pressão devido a guerra comercial entre China e Estados Unidos e o clima favorável às lavouras americanas. Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em novembro acumularam baixa de 0,86% na semana, encerrando a quinta a US$ 8,61 ½ por bushel.
O clima continua favorável para o avanço das lavouras, o que pode ocasionar rendimentos maiores que os esperados atualmente. Até o levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ser divulgado, a tendência é de sessões voláteis e suscetíveis às novidades sobre a batalha tarifária entre as duas principais economias do mundo.
O câmbio foi ponto de pressão sobre as cotações internas. A moeda americana caiu 0,77% frente ao real, tirando competitividade da soja brasileira. O cenário de menor risco no exterior e o avanço da reforma da previdência no Congresso pesaram e fortaleceram o real.
Valores da saca
A saca de 60 quilos recuou de R$ 84,00 para R$ 82,50 em Passo Fundo (RS). O preço também caiu em Cascavel (PR), de R$ 83,00 para R$ 80,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação baixou de R$ 80,50 para R$ 78,50. Em locais como Dourados (MS) o preço caiu de R$79,00 para R$77,50. Em Rio Verde (GO), a cotação baixou de R$78,50 para R$ 77,00. No Porto de Paranaguá, após ameaçar bater na casa de R$ 90,00, a saca caiu de R$ 89,00 para R$ 86,00.
Fonte: Safras e Mercado
*Texto com supervisão de Douglas Ferreira