Temperatura mínima em São Paulo deve bater recorde dos últimos nove anos e impactar diversos setores

Climatempo aponta que a mínima deve alcançar 4°C nesta quarta-feira, com reflexos nas atividades do setor de energia, comércio, saúde e agronegócio, entre outros

23/06/2025 às 16:25 atualizado por Redação - SBA
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São Paulo, 23 de junho de 2025 – A cidade de São Paulo deve enfrentar, nesta quarta-feira (25), a manhã mais fria dos últimos nove anos, com previsão de mínima de 4°C, segundo dados da Climatempo. Essa será a menor temperatura registrada desde junho de 2016, quando a capital paulista marcou 3,5°C no dia 13 do mesmo mês daquele ano. O recorde de frio será um dos mais significativos da última década, aproximando-se de marcas históricas como os 1,2°C de junho de 1994, a mínima absoluta dos registros oficiais da capital.


A queda nas temperaturas acontece após a passagem de uma forte frente fria, associada a um ciclone extratropical no oceano, que já provocou chuvas e ventos fortes em diversas regiões do estado. Com o afastamento das nuvens e a estabilização atmosférica, a madrugada de quarta-feira (25) terá céu limpo e condições que propiciarão a rápida queda da temperatura. A previsão indica mínima de 4°C na zona norte da capital, mas bairros mais ao sul da capital, como Marsilac e Capela do Socorro, podem registrar temperaturas próximas de 0°C.


Além de São Paulo, outras cidades do interior do Estado, como Campinas, São Carlos, Presidente Prudente, Rancharia, Itapira e Serra Negra, também devem registrar temperaturas próximas ou abaixo de 4°C, com risco elevado de geada nas áreas mais altas.


Impactos setoriais

A queda abrupta da temperatura na capital paulista terá efeitos sobre diversos setores, entre eles:

Energia elétrica: a expectativa é de aumento no consumo de eletricidade, principalmente em residências e comércio, devido ao uso de aquecedores e chuveiros elétricos. As concessionárias também já trabalham em estado de alerta devido aos danos provocados à rede de distribuição pelos ventos fortes e à previsão de pico de demanda.


Comércio: o frio súbito deve impulsionar as vendas de roupas de frio, cobertores e aquecedores. O setor de alimentos também pode ter alta na procura por produtos típicos de inverno, como sopas, caldos e bebidas quentes.


Saúde pública: com a previsão de temperaturas tão baixas, a rede de saúde deve se preparar para um aumento nos atendimentos por doenças respiratórias e também para o acolhimento emergencial de pessoas em situação de rua, com ampliação de vagas em abrigos temporários.


Agricultura e alimentos: o risco de geada em regiões produtoras do interior de São Paulo, como Campinas e São Carlos, pode afetar a produção de hortaliças e frutas, com potencial impacto nos preços de alimentos frescos no mercado local.


Logística e transporte: a possibilidade de formação de nevoeiros nas primeiras horas da manhã pode afetar as operações de transporte rodoviário e aéreo, com risco de atrasos principalmente em regiões mais próximas de áreas rurais e serranas.


Mercado de commodities: investidores e analistas do mercado de commodities agrícolas acompanham o avanço da massa de ar frio com atenção. Episódios de geada em regiões produtoras do Sudeste e Centro-Oeste podem influenciar as cotações de café, cana-de-açúcar, tomate e hortaliças nos próximos pregões.


Comparativo das temperaturas históricas mínimas em junho na cidade de São Paulo:

26 de junho de 1994: 1,2°C
27 de junho de 1994: 2,0°C
13 de junho de 2016: 3,5°C
10 de junho de 2016: 5,5°C
30 de junho de 2021: 6,3°C


Informações: Climatempo