Bessent: tarifa de 100% da China não precisa acontecer de fato; conversas foram reabertas

Bessent argumentou que a decisão de recolocar controles de exportação sobre bens de terras raras pode não ter vindo do presidente chinês, Xi Jinping, mas sim de uma ala mais rígida do governo chinês

13/10/2025 às 11:56 atualizado por Laís Adriana - Estadão
Siga-nos no Google News

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou, em entrevista à Fox Business na manhã desta segunda-feira, 13, que a tarifa de 100% contra bens da China não precisa ser efetivada. Segundo ele, as linhas de conversas com autoridades chinesas foram reabertas e estão em andamento nesta semana, após a ameaça do presidente norte-americano, Donald Trump, na sexta-feira.

 

Bessent argumentou que a decisão de recolocar controles de exportação sobre bens de terras raras pode não ter vindo do presidente chinês, Xi Jinping, mas sim de uma ala mais rígida do governo chinês.

 

O secretário afirmou que, neste caso, os americanos preferem negociar e resolver os problemas na cadeia de oferta por meio do diálogo, se possível. "Temos outras cartas além de tarifas, mas não queremos exaltar nosso poder e nossas ferramentas", disse, classificando as relações comerciais sino-americanas como "boas".

 

Bessent, contudo, reiterou que irá rejeitar os requisitos de licenciamento para exportação de Pequim e continuará a defender ajustes na cadeia de suprimentos global para garantir a segurança nacional dos EUA. "Vamos ver se a China quer se tornar uma fornecedora confiável de terras raras. Estamos investidos em modelar um caminho para garantir a segurança no processamento dos bens e preços justos", afirmou. "Não podemos ter livre mercado quando temos um ator estatal destruindo a capacidade industrial do mercado."