Bolsas da Europa fecham em alta, recuperando perdas da última sessão, com agenda esvaziada

04/08/2025 às 13:04 atualizado por Matheus Andrade, especial para a AE - Estadão
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As bolsas da Europa fecharam em alta nesta segunda-feira, 4, recuperando parte das perdas da última sessão, quando recuaram fortemente seguindo a postura tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O pregão contou com uma agenda esvaziada, mas a semana contará com a divulgação de balanços de importantes empresas ao longo dos próximos dias. No cenário, seguem as posturas do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,90%, a 540,60 pontos. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,66%, a 9.128,30 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançou 1,41%, a 23.757,28 pontos. Em Paris, o CAC 40 ganhou 1,14%, a 7.632,01 pontos. As cotações são preliminares.

A União Europeia vai suspender por seis meses dois pacotes de retaliações às tarifas dos Estados Unidos, após um acordo com Trump, informou um porta-voz da Comissão Europeia. "A UE continua trabalhando com os EUA para finalizar uma declaração conjunta, conforme acordado em 27 de julho", disse.

Por outro lado, o índice suíço SMI recuou 0,25% em Zurique. A tarifa de 39% que os EUA impuseram à Suíça é bem maior do que a alíquota de 15% estipulada à União Europeia, ao Japão e à Coreia do Sul.

Bancos britânicos avançaram em Londres após a Suprema Corte do Reino Unido tomar decisão sobre financiamento de veículos que favorece o setor. Lloyds saltou 9,00% e o grupo bancário Close Brothers disparou 23,53%.

Ainda na capital britânica, a petroleira BP subiu 1,84%, depois que anunciou que perfurou um poço exploratório no bloco Bumerangue, na Bacia de Santos.

Com divulgação de balanço programada para esta semana, segundo o Financial Times, a empresa deve revelar na terça-feira seu progresso em um plano de corte de custos de US$ 5 bilhões, enquanto a investidora ativista Elliott Management aumenta a pressão sobre a companhia para reduzir as despesas operacionais de forma mais agressiva.

Na zona do euro, embora a inflação dos alimentos seja uma preocupação emergente, ainda não se sabe se a recente recuperação se manterá, com poucos sinais de forte pressão ascendente dos preços globais das commodities agrícolas, avalia o ABN AMRO. "Enquanto isso, a inflação dos serviços continua recuando para níveis mais normais. Continuamos prevendo que a inflação ficará abaixo da meta de 2% do BCE nos próximos meses, impulsionada pela queda dos preços do petróleo, pelo fortalecimento do euro e por uma maior normalização da inflação subjacente", conclui.

Em Milão, o FTSE MIB subiu 1,89%, a 40.697,38 pontos. Em Madri, o Ibex35 avançou 1,84%, a 14.386,10 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 ganhou 1,35%, a 7.729,71 pontos.