China habilita estabelecimentos para exportação de DDGs e sorgo do Brasil
Brasília, 10 - A China habilitou os primeiros estabelecimentos brasileiros para exportação de DDG (grãos secos de destilaria, subproduto do etanol de milho), DDGs (com solúveis) e de sorgo ao país asiático, informou o Ministério da Agricultura, em nota. Foram habilitadas cinco empresas exportadoras de etanol de milho e dez unidades de sorgo. Com o aval chinês, o País poderá iniciar a exportação dos mercados abertos recentemente. "A autorização fortalece a relação comercial com o principal parceiro do agronegócio brasileiro e abre novas oportunidades para o setor de sorgo e para a indústria de etanol de milho", disse o ministério na nota.
O protocolo fitossanitário para exportação de sorgo foi assinado entre os países em novembro de 2024, enquanto o protocolo de proteínas e grãos derivados da indústria do etanol de milho foi acordada em maior deste ano.
Para exportação de sorgo, a China habilitou quatro unidades em Mato Grosso, quatro em Minas Gerais, uma em Rondônia e uma na Bahia. A China é responsável por mais de 80% das importações globais de sorgo, que somaram mais de US$ 2,6 bilhões no último ano, destacou o ministério. O Brasil produziu mais de 4 milhões de toneladas no ano passado com exportação de 178,4 mil toneladas, o equivalente a 4% do total.
Já para a comercialização de DDG, coproduto do processamento de milho para etanol, a China autorizou embarques de quatro unidades de Mato Grosso e uma usina de Mato Grosso do Sul. O Brasil exportou cerca de 791 mil toneladas do insumo no ano passado, enquanto a China importou mais de US$ 66 milhões desse produto.
"Com as habilitações, o Brasil passa a contar com um canal regular de embarques para o maior importador global de grãos e insumos para ração animal, ampliando a previsibilidade dos contratos e criando espaço para o aumento do volume exportado nas próximas safras", destacou a pasta.
O ministério lembrou ainda que a China continua como principal destino das exportações agropecuárias brasileiras, com embarques de US$ 49,6 bilhões em produtos do agronegócio nacional em 2024. "Além do impacto econômico, as habilitações reforçam a agenda de sustentabilidade do Brasil. A exportação de coprodutos do agronegócio, como o DDG, promove a economia circular, ao transformar resíduos industriais em insumos valorizados pela indústria global", acrescentou a pasta.



