Embraer tem negociações avançadas para novas encomendas e Índia é possibilidade, diz Mercadante

21/08/2025 às 13:50 atualizado por Daniela Amorim - Estadão
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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou nesta quinta-feira, 21, que a Embraer está em negociações avançadas para novas encomendas, com a possibilidade de vendas fortes para países que também foram afetados pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "Alguns grandes mercados do mundo se abriram para a Embraer. Temos grandes chances de países que foram atingidos pelo tarifaço e existe a possibilidade de fazerem encomendas, para a Embraer, muito fortes", disse Mercadante, em coletiva de imprensa sobre os resultados do banco referentes ao segundo trimestre. "Ela está bem avançada nas negociações. ... Índia é uma possibilidade."

O executivo disse que os Estados Unidos seguem como mercado consumidor importante para a empresa brasileira, mas que a Embraer tem firmado relações com outros países. "O mercado americano vai continuar sempre sendo muito importante. A Embraer é líder, tem um papel decisivo, mas ela está diversificando e construindo uma relação com outros mercados. Acho que em breve teremos novidades, e o BNDES estará pronto para financiar", afirmou.

Mercadante comentou as operações da JBS, de venda de ações e dupla listagem da empresa no Brasil e nos Estados Unidos, lembrando que o banco de fomento fará novas operações de equity, entre elas o aporte na Eve, subsidiária da Embraer, que desenvolve um modelo de carro voador.

"Vamos voltar a fazer equity, que é uma coisa que não fazíamos há muito tempo, focada em dois objetivos estratégicos, descarbonização e inovação", disse Mercadante. "Isso é um investimento que o BNDES vai fazer. Às vezes a gente financia uma empresa, e vira potência econômica. Se o BNDES não faz equity, ele não cresce junto. Se ele cresce junto, ele tem mais lucro para investir."

Com o investimento anunciado de US$ 74,9 milhões na Eve, o BNDESPar terá uma participação societária de 4,4% na companhia.