Federarroz diz que novas regras do piso mínimo de frete agravam crise no setor

05/12/2025 às 17:07 atualizado por Equipe AE - Estadão
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São Paulo, 5 - A Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz) diz que a mudança nas regras do piso mínimo do frete, aplicada via Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e), em vigor desde 6 de outubro, traz mais dificuldades aos produtores de arroz no Estado. Conforme a entidade, mecanismos automáticos de fiscalização, com cruzamento de dados e possibilidade de autuações diante de divergências, exigem atualização de sistemas internos, revisão de processos operacionais e capacitação das equipes responsáveis pelo preenchimento das informações fiscais. A entidade destaca "que essas adaptações elevam custos e aumentam o risco de interrupções logísticas caso sejam identificadas inconsistências no cumprimento das normas". A Federarroz acrescenta que a mudança ocorre "em uma safra marcada por prejuízo médio entre vinte e trinta reais por saco comercializado". A entidade afirma que a persistência desse cenário "pode comprometer a continuidade da atividade no Rio Grande do Sul, responsável por mais de setenta por cento da produção nacional". A Federarroz diz ainda que vai judicializar a questão, "na medida em que a situação aprofunda concorrência desleal com arroz importado, vez que, segundo informações, a nova tabela não incide no transporte internacional, fato que prejudica ainda mais a combalida economia gaúcha e nacional".