Hochschild Mining corta guidance com projeção fraca para Mara Rosa no Brasil
A Hochschild Mining anunciou a revisão para baixo de suas projeções de produção em 2025, após dificuldades operacionais na mina de ouro Mara Rosa, em Goiás. No comunicado, a companhia reconhece que o ativo brasileiro enfrentou "problemas operacionais" e que o guidance precisou ser ajustado.
A meta anual de Mara Rosa foi cortada para 35.000 a 45.000 onças (antes: 94.000 a 104.000 onças), o que derrubou também a projeção consolidada do grupo para 291.000 a 319.000 onças equivalentes de ouro (antes: 350.000 a 378.000 onças). Como efeito, os custos all-in sustaining foram revistos para cima, passando a US$ 1.980 a US$ 2.080 por onça equivalente de ouro (antes: US$ 1.587 a US$ 1.687).
Segundo o relatório, a operação brasileira foi afetada por chuvas sazonais mais intensas que o habitual e problemas de desempenho de contratados, além de falhas no sistema de filtragem. A companhia suspendeu temporariamente o processamento para reparos e informou que "os testes na planta de processamento continuam em andamento e o desempenho dos filtros continua a melhorar".
Apesar do corte nas metas, a empresa destacou que o semestre trouxe avanços financeiros, com receita de US$ 520,0 milhões, ante US$ 391,7 milhões no primeiro semestre do ano passado e lucro antes de impostos de US$ 140,1 milhões, contra US$ 69,4 milhões no mesmo período do ano anterior. O Ebitda ajustado cresceu 27%, para US$ 224,5 milhões.
O comunicado ressalta que, embora a planta de Mara Rosa opere abaixo da capacidade até pelo menos 2026, a empresa afirma estar confiante em "construir um negócio mais forte e resiliente - um que esteja bem posicionado para crescimento sustentável e sucesso de longo prazo".