Magazine Luiza tem prejuízo de R$ 24,4 milhões no 2º trimestre

07/08/2025 às 22:11 atualizado por Júlia Pestana - Estadão
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A Magazine Luiza registrou prejuízo líquido (contábil) de R$ 24,4 milhões no segundo trimestre de 2025, revertendo lucro de R$ 23,6 milhões visto um ano antes.

Com ajustes, desconsiderando os efeitos não recorrentes, a companhia teve lucro líquido de R$ 1,8 milhão. O resultado ficou 95,3% abaixo do valor visto no mesmo trimestre de 2024, de R$ 37,4 milhões.

O Ebitda ajustado do trimestre somou R$ 726,7 milhões, aumento de 2,3%, com margem de 8%, um avanço de 0,1 ponto porcentual na comparação anual. Segundo a companhia, o resultado reflete o crescimento das lojas físicas, do controle sobre as despesas e do desempenho da Luizacred.

Já a receita líquida do período foi de R$ 9,13 bilhões, com leve alta de 1,4% sobre o segundo trimestre de 2024.

As vendas totais do Magalu somaram R$ 15,3 bilhões, uma redução anual de 0,6%, com contribuição de R$ 4,7 bilhões das lojas físicas e R$ 10,6 bilhões do e-commerce, que inclui as operações com estoque próprio (1P) e marketplace (3P).

Apesar de uma leve retração no comércio eletrônico total (-2,1%), as vendas com estoque próprio cresceram 0,8%, com destaque para as categorias de produtos com ticket médio acima de R$ 1.000. Já o marketplace apresentou queda de 6,4%, mas aumentou a penetração do serviço de fulfillment para 27% dos pedidos.

A companhia encerrou o trimestre com R$ 8 bilhões em caixa total e geração operacional de R$ 597 milhões. O desempenho foi favorecido pela gestão eficiente de estoques e avanços no capital de giro.

Entre os destaques do trimestre, o MagaluAds teve crescimento de 66% nas receitas, impulsionado por novos formatos de anúncios e melhora nas métricas de performance. "A Magalu Cloud ultrapassou a marca de mil clientes externos e já responde por 40% da demanda interna do grupo", afirmou a companhia.

A Luizacred também teve contribuição relevante, com lucro líquido de R$ 102 milhões e retorno sobre patrimônio (ROE) anualizado de 19,5%. A carteira de crédito somou R$ 20 bilhões no fim do trimestre, com queda nas taxas de inadimplência.

A empresa reforçou ainda seus investimentos em tecnologia, que representaram 74% dos R$ 206 milhões aplicados no período, e anunciou a inauguração da Galeria Magalu, em São Paulo, como símbolo da estratégia de integração entre canais físico e digital.