Opep+ decide ampliar produção de petróleo um ano antes do previsto
Os oito países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) concordaram em ampliar a produção de petróleo em 137 mil barris por dia (bpd), segundo comunicado divulgado após reunião neste domingo, 7. Com o ajuste, o cartel começa a desfazer parte do segundo pacote de cortes voluntários na produção, de 1,65 milhão de bpd no total, um ano antes do previsto.
A Opep+ afirmou que pretende retomar parte ou completamente a produção de 1,65 milhão de bpd de maneira gradual, a depender das condições do mercado, mas sem dar um período específico para a implementação. Segundo a Bloomberg, delegados que participaram da reunião disseram que os valores podem ser adicionados em etapas mensais até setembro de 2026.
Em nota, a Opep+ reiterou que continuará a monitorar de perto os desdobramentos do mercado de energia para garantir a sua estabilidade e que atuará cautelosamente. "Retemos completa flexibilidade para pausar ou reverter a produção voluntária adicional, incluindo retomar os cortes voluntários de 2,2 milhões de barris por dia implementados em novembro de 2023", disse.
A decisão de aumentar a produção teve como base as "perspectivas estáveis para a economia global e os fundamentos saudáveis do mercado, refletidos pelos estoques baixos de petróleo". Os oito países também concordaram que a medida facilitará a aceleração da compensação de produção por alguns membros, em conformidade com o acordo de ajustes voluntários e incluindo "qualquer volume excessivo produzido desde janeiro de 2024".
Rússia e Arábia Saudita vão liderar o aumento na produção
Em tabela divulgada junto ao comunicado, a Opep+ esclareceu a quantidade mensal de produção adicional acordada por cada país. Rússia e Arábia Saudita lideram a lista, com 42 mil bpd, cada, seguidos pelo Iraque (17 mil bpd).
Os oito países-membros - Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Casaquistão, Argélia e Omã - realizarão reuniões mensais para revisar as condições do mercado e a conformidade com o acordo, afirmaram em nota. O próximo encontro será em 5 de outubro.