Ouro fecha em alta, observando potencial de escalada em conflito no Oriente Médio
O contrato com vencimento em agosto avançou 0,27% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), encerrando o dia a US$ 3.395,00 por onça-troy
O contratos mais líquido do ouro fechou em alta nesta segunda-feira, 23,, em uma sessão volátil, com grande atenção aos desdobramentos do conflito no Oriente Médio. Os ataques dos Estados Unidos ao Irã no final de semana geraram grande expectativa pela reação do país persa, que ordenou ações retaliatórias contra alvos americanos na região nesta segunda. A intensidade deste movimento é destaque no mercado, deixando de lado outros elementos relevantes para os investidores, como a postura do Federal Reserve (Fed).
O contrato de ouro com vencimento em agosto avançou 0,27% na Comex, divisão de metais da Bolsa de Nova York (Nymex), encerrando o dia a US$ 3.395,00 por onça-troy.
"Suspeitamos que os enormes ganhos nos preços no acumulado do ano não se repetirão no segundo semestre de 2025. No entanto, vários fatores favoráveis - incluindo uma política mais flexível do Fed - impulsionarão os preços do ouro a partir de 2026" projeta a Capital Economics.
"Acreditamos que o restante deste ano será mais desafiador para o ouro do que o primeiro semestre. Isso se deve, em parte, à nossa expectativa de recuperação do dólar neste ano. É verdade que a relação entre os preços do ouro e seus impulsionadores tradicionais se enfraqueceu nos últimos anos. Mas parece que se reafirmou em certa medida", avalia a consultoria.
Dito isso, a demanda da China e dos bancos centrais estabelecerá um piso para os preços e limitará qualquer queda de preços neste ano, pondera. "E esperamos que o Fed afrouxe a política no próximo ano, o que deve sustentar os preços em 2026. De forma mais ampla, o cenário macroeconômico e geopolítico de médio prazo permanecerá favorável ao ouro. Portanto, prevemos que os preços do ouro cairão ligeiramente para US$ 3.300 a onça até o final de 2025, antes de atingir US$ 3.600 até o final de 2026", conclui, com previsões de preço que estão acima do consenso.