'Petrobrás está perto de consenso para licença da exploração da foz do Amazonas', diz Magda

09/08/2025 às 08:11 atualizado por Gabriela da Cunha - Estadão
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A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, acredita que a companhia está "perto de um consenso" para a licença da exploração da Foz do Amazonas. "Nossa perspectiva é de que dia 12 seja decisivo para se estabelecer as condições e a data para a Autorização Pré-Operacional (APO). Já conversei pessoalmente com o presidente do Ibama, que está ciente de tudo que estamos apresentando, de todos os condicionamentos operacionais", afirmou.

"Estamos ofertando o maior e melhor plano de emergência individual que já se viu na indústria do petróleo em águas profundas no mundo", completou, reiterando que a APO ainda não tem data.

Conforme o Estadão/Broadcast já mostrou, a demora na marcação da APO pelo Ibama para a Petrobras explorar o poço Morpho, no bloco FZA-M-59, na Bacia da Foz do Amazonas, Margem Equatorial brasileira, tem provocado insatisfação na estatal. A companhia desembolsa mais de R$ 4 milhões por dia para manter a sonda ODN II pronta para operar.

A executiva falou com a imprensa durante o evento "Energia Delas: Empoderamento Feminino nas Instituições", organizado pela Petrobras para discutir a equidade de gênero em instituições públicas e privadas e promover a troca de experiências sobre o papel das mulheres em posições de liderança.

Descoberta da BP

Questionada se existe a possibilidade de algum acordo com a British Petroleum (BP) em relação ao campo Bumerangue, no pré-sal da Bacia de Santos, a presidente da Petrobras ressaltou que qualquer decisão vai depender "do que a área vai representar de fato".

A British anunciou no início da semana que perfurou o poço exploratório 1-BP-13-SPS no bloco Bumerangue, na Bacia de Santos, a 404 quilômetros do Rio de Janeiro. O poço tem reservatório cerca de 500 metros abaixo do topo da estrutura e penetrou em uma coluna de hidrocarbonetos bruta estimada em 500 metros em um reservatório de carbonato de pré-sal de alta qualidade com uma extensão areal de mais de 300 quilômetros quadrados.

A companhia iniciará a análise laboratorial para caracterizar melhor o reservatório e os fluidos descobertos, o que fornecerá informações adicionais sobre o potencial do bloco Bumerangue. As análises já feitas indicam níveis elevados de dióxido de carbono.

"Estamos satisfeitos com os ativos que já temos. Agora, se houver possibilidade real e boa, no range de atratividade que o que o Brasil deseja, as portas não estão fechadas para esse projeto e para nenhum", finalizou Magda.