Até agosto o real ainda será mais valorizado

O dólar se manteve abaixo dos R$ 5,00 pela segundo dia seguido. A moeda americana terminou o dia de ontem (23) com leve queda de 0,07%, cotada a R$ 4,963 na venda — o menor valor em mais de um ano, considerando meados de junho de 2020, quando esteve perto de R$ 4,93.

Depois de ceder abaixo dos R$ 5,00, o movimento de queda deu indicações de algum desgaste. Afinal, não houve nenhum fato ou especulação que alimentasse continuidade de queda no momento.

Alguns gestores apontavam que essa oscilação de hoje (o dólar chegou a passar de R$ 4,98 em alguns momentos) estaria relacionado à uma recuperação dos rendimentos dos Títulos norte-americanos, provocando algum avanço frente a moedas de outros países. Isso ocorre depois que o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, disse que alta de juros nos EUA pode vir mais cedo, ou seja, já em 2022.

A expectativa é que o dólar continue em queda, mesmo moderada, nas próximas semanas. O banco alemão Commerzbank emitiu nota lembrando que o BC do Brasil estaria pronto a aprovar uma outra alta de 0,75% na taxa Selic em agosto. E “isto é um positivo para o real. Caso se concretize, a moeda deverá se apreciar mais do que prevemos”, diz o banco alemão. Ou seja, o real teria valorização ainda mais rápida.