Audiência pública debate implantação de plano estadual de fertilizantes no Rio Grande do Sul
Encontro ocorreu nesta quinta-feira (30/10), em Porto Alegre
Uma audiência pública para discutir um plano estadual de fertilizantes foi realizada nesta quinta-feira (30/10), na Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), em Porto Alegre. O encontro reuniu representantes do setor produtivo, do governo e da academia para debater estratégias que reduzam gradualmente a dependência externa de insumos agrícolas, especialmente de fertilizantes importados.
O evento contou com a participação do engenheiro florestal e coordenador do Plano ABC+RS da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Jackson Brilhante, que foi um dos palestrantes. Ele abordou os desafios e as oportunidades relacionados ao uso de fertilizantes no Rio Grande do Sul.
Brilhante destaca que os fertilizantes têm significativa participação nos custos de produção das culturas agrícolas, que podem variar entre 20% e 40% do custo total da produção, dependendo da cultura. “Esse alto impacto representa um grande desafio para a manutenção da competitividade do setor”, enfatiza.
Reduzir a dependência externa
Outro fator que tem importante peso na produção agrícola local é a dependência do Estado em relação à importação de fertilizantes, que supera 90% do total utilizado. “Essa dependência nos torna vulneráveis às dinâmicas do mercado internacional e a eventos geopolíticos, com potenciais impactos na segurança alimentar”, observa Brilhante. Atualmente, o Brasil consome cerca de 50 milhões de toneladas de fertilizantes por ano.
“Neste contexto, abordaremos a experiência recente à China, onde visitamos plantas de fertilizantes que utilizam a captura de dióxido de carbono e dióxido de enxofre provenientes de plantas de carvão mineral para a produção de fertilizantes”, ressalta.
Uma das fábricas visitadas na China, em agosto, tem previsão de produzir cerca de 2,3 milhões de toneladas de fertilizantes nitrogenados em breve, incluindo sulfato de amônia e bicarbonato de amônia. “Para se ter uma ideia da escala, esse volume, proveniente de uma única planta na China, poderia suprir a demanda anual de fertilizantes do Rio Grande do Sul. Isso demonstra o potencial de inovação para reduzir a dependência de fertilizantes importados”, explica Brilhante.
Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação
 




 
                     
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