Comércio externo do Brasil recua acima da média mundial
Levantamento foi realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)
Economia
Somente no ano passado, a corrente de comércio – soma de importações e exportações – brasileira recuou 8,2%, de acordo com o levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em números recentes da Organização Mundial do Comércio (OMC). A causa apontada foi a pandemia de Covid-19, que causou impacto no comércio do Brasil com outros países acima da média mundial.
A variação superou o encolhimento na corrente de comércio mundial em 2020, que foi de 7,6%. Em relação aos demais membros do G20, o cenário não é o melhor para o Brasil. No ano anterior, a corrente de comércio entre os membros do grupo diminuiu em 8% em relação a 2019.
A retração na corrente de comércio brasileira é consequência da queda de 7% na exportação e de 10% na importação do ano passado. O recuo nas vendas externas vem da interrupção na cadeia de comércio e da queda do comércio internacional. Nas importações, o principal fator foi a desvalorização do real, que encareceu as mercadorias vindas do exterior.
Apesar do decréssimo no fluxo comercial, o Brasil manteve-se na 27ª posição no ranking de comércio mundial. No ano passado o país teve 1% de participação na movimentação global de exportações e importações.
De acordo com a CNI, a melhora das exportações brasileiras depende, entre outros fatores, da recuperação econômica global no pós-pandemia. Para o orgão, é necessário que os principais parceiros comerciais do Brasil, como Estado Unidos, Europa e os demais países da América Latina, retomem o crescimento nos proximos anos.
Com informações Agência Brasil