Exportações de café brasileiro atingem 3 milhões de sacas em maio

11/06/2020 às 09:50 atualizado por Redação - SBA
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O Brasil exportou em maio deste ano 3 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído. A receita cambial gerada no mês com as exportações foi de US$ 370,7 milhões e o preço médio da saca foi de US$ 124,44, alta de 5,2% em relação a maio de 2019. Os dados são do relatório compilado pelo Cecafé, Conselho dos Exportadores de Café do Brasil.

Com relação às variedades embarcadas no mês passado, o café conilon (robusta) apresentou aumento de 4,7% nas exportações em relação a maio de 2019, com 484,1 mil sacas exportadas (16,3% da participação das exportações por variedade). Já o café arábica representou 73,8% do volume total de café exportado no mês, com 2,2 milhões de sacas embarcadas, apresentando uma queda de 27,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O café solúvel representou 9,9% dos embarques, com a exportação de 296,1 mil sacas.

“Os volumes exportados em maio apresentaram uma boa performance, principalmente se levarmos em conta o fato de estarmos no penúltimo mês do encerramento da safra de ciclo baixo (19/20), bem como atravessando um período desafiador de pandemia. Apesar da redução dos volumes em relação a maio de 2019, destaca-se o significativo crescimento do café conilon, que já reflete os bons resultados da colheita da nova safra (20/21). Importante destacar os esforços da cadeia do agronegócio brasileiro de café, utilizando todos os estoques disponíveis para continuar atendendo a demanda do mercado global sempre com qualidade, eficiência e sustentabilidade, destacando-se juntamente com outras commodities agrícolas para os resultados positivos na balança comercial do país. Em relação à sustentabilidade, salientamos a importância da preservação da saúde de todos os envolvidos na cadeia, dos colaboradores aos consumidores, passando pela produção, logística, comercialização e indústria, seguindo rigorosamente os cuidados e medidas de prevenção, orientados pela OMS e órgãos estaduais e municipais de saúde. Afinal, todo o empenho do setor tem um único objetivo: propiciar ao consumidor aquele momento tão prazeroso de saborear uma boa xícara de café a qualquer hora do dia”, declara Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.

Ano Civil

De janeiro a maio de 2020, o Brasil exportou 16,6 milhões de sacas de café, com destaque para o crescimento de 19,2% nas exportações de café robusta (equivalente a 1,5 milhão de sacas) na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita cambial gerada pelas exportações no período foi de US$ 2,2 bilhões e o preço médio foi de US$ 133,06, registrando aumento de 4,8%.

Principais destinos

Nos primeiros cinco meses de 2020, o principal destino de café brasileiro continua sendo os Estados Unidos, que importaram 3,3 milhões de sacas no período (19,8% de participação no total das exportações). A Alemanha, segundo maior consumidor, importou 2,9 milhões (equivalente a 17,6% de participação nos embarques) e a Itália, terceiro maior consumidor, importou 1,5 milhão de sacas (8,8%).

Na sequência, estão a Bélgica, com 1,1 milhão de sacas (6,9%); Japão, com 845,6 mil sacas (5,1%); Federação Russa, com 533,4 mil sacas (3,2%); Turquia, com 491,5 mil sacas (3%); Espanha, com 406,1 mil sacas (2,5%); Canadá, com 362,9 mil sacas (2,2%); e França, com 323,4 mil sacas (2,0%). Os principais importadores, EUA e Alemanha, registraram um aumento no comparativo com o mesmo período do ano passado de 2,2% e 2,5% respectivamente.

Além disso, a Federação Russa, Bélgica e Espanha se destacaram ao apresentar um crescimento significativo na compra de café brasileiro, se comparado ao mesmo período de 2019. Os aumentos foram de, respectivamente, 17,2%, 16,7% e 11,1%. Entre os continentes e blocos econômicos destacam-se as exportações para os países da África, que registraram aumento de 29,1% (337,3 mil sacas), América do Norte, 4,1% (3,9 milhões de sacas), América Central, 26,5% (45,5 mil sacas), América do Sul, 3,4% (717,2 mil sacas), países do BRICS, 17,1% (715,4 mil sacas), Leste Europeu, 16,6% (831,9 mil sacas) e para os países produtores, 18,6% (792,9 mil sacas)