Imea: área de cultivo de algodão em MT é reduzida para 1,43 milhão de hectares

São Paulo, 2 – A área de cultivo de algodão em Mato Grosso para a safra 2025/26 foi estimada em 1,43 milhão de hectares, redução de 1,74% em relação à projeção anterior e de 7,28% ante o registrado na safra 2024/25, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O ajuste reflete o momento desafiador da rentabilidade da cultura, devido aos atuais patamares de preços e ao custo de produção mais elevado.

Com o avanço da safra da soja e os desafios enfrentados em determinadas localidades, o cenário pressiona ainda mais a definição da área de algodão que será cultivada na temporada. A produtividade foi mantida em 290,74 arrobas por hectare, utilizando a média ponderada das safras anteriores, o que representa recuo de 7,74% em relação ao ciclo 2024/25.

A produção de algodão em caroço foi estimada em 6,26 milhões de toneladas, queda de 14,46% em relação ao produzido na safra 2024/25. Desse total, a produção de pluma projetada é de 2,58 milhões de toneladas, recuo de 14,48% ante o ciclo anterior.

A demanda de algodão para a safra 2024/25 permaneceu estimada em 2,72 milhões de toneladas, crescimento de 11,25% acima da safra 2023/24. O movimento é sustentado pela expectativa de maior volume exportado, mesmo com o ritmo mais lento dos embarques observado nos três primeiros meses do ciclo. O mês de novembro tem sido marcado pelo maior volume de exportação, período em que mais se exporta em todo o ciclo.

Os estoques finais seguem estimados em 894 mil toneladas, o maior da série histórica do Imea. Desse volume, 743,30 mil toneladas devem estar vendidas até o fim do ciclo comercial da safra, mas devem ser escoadas somente no ciclo comercial da safra seguinte.

Para a safra 2025/26, a demanda continuou estimada em 2,71 milhões de toneladas, retração de 0,33% em relação à safra 2024/25. O consumo em Mato Grosso deve avançar 11,59%, alcançando 46,22 mil toneladas, reflexo da ampliação da capacidade de uma indústria fiadora no Estado. As exportações devem recuar 0,12%, para 2,05 milhões de toneladas, enquanto o consumo interestadual apresentou retração de 1,80%, totalizando 606,43 mil toneladas. Os estoques finais foram estimados em 764,84 mil toneladas, redução de 14,45% em relação à estimativa para o ciclo anterior.