Liderança do agro de MS marca presença em debate nacional sobre geopolítica e futuro da agricultura
Marcelo Bertoni representa o setor produtivo de Mato Grosso do Sul em encontro promovido pela CNA, discutindo os desafios estratégicos e oportunidades do agronegócio brasileiro no cenário global
O presidente da Famasul, Marcelo Bertoni, e o superintendente do Senar/MS, Lucas Galvan, participam em São Paulo do evento “Cenário Geopolítico e a Agricultura Tropical”, promovido pelo Sistema CNA/Senar em parceria com o Estadão e a Broadcast. O encontro, realizado nesta terça-feira (6), reúne especialistas de renome nacional e internacional para discutir os impactos das mudanças geopolíticas no setor agropecuário.
,Um dos principais painéis do evento abordou a “Nova Ordem Mundial”, refletindo sobre a fragmentação do poder global e o avanço das zonas de influência dos Estados Unidos e da China. Os especialistas discutiram as oportunidades que surgem para países produtores de alimentos, como o Brasil. Entre os participantes estavam o ex-presidente do Banco dos Brics, Marcos Troyjo, o pesquisador Oliver Stuenkel e o ex-secretário de Comércio Exterior, Welber Barral, com mediação do jornalista William Waack.
A Famasul e o Senar/MS, representando o agro de Mato Grosso do Sul, estão atentas às análises e projeções que impactam diretamente o comércio internacional e a posição estratégica do Brasil na segurança alimentar global. Bertoni enfatizou a importância de garantir que as informações discutidas no evento cheguem à base de produtores, preparando-os para o novo cenário.
“Vivemos em um mundo cada vez mais conectado, onde decisões tomadas em grandes potências afetam diretamente os mercados e as oportunidades para nossos produtores”, afirmou Bertoni. Ele destacou que o papel da Famasul é assegurar que as informações sejam transmitidas com clareza e agilidade.
O presidente da CNA, João Martins, também ressaltou a relevância da participação dos presidentes de Federações no evento. Ele acredita que o conhecimento gerado nos painéis deve ser levado às bases e aos produtores em seus estados. “Estava na hora de fazer um evento como este. Temos que entender a realidade do que está acontecendo no mundo”, disse Martins.
Martins acrescentou que a discussão não se limita apenas a produtos como soja e carne, mas abrange também itens como alface e tomate, que são vendidos nas feiras. “Mesmo quando o produto não é exportado, o produtor está ligado ao mundo”, completou.
O agro brasileiro está cada vez mais globalizado e dependente do comércio internacional. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o crescimento do comércio global deve ser de 1,7%, abaixo da previsão anterior de 2,5%, em função das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos.
Informações: Assessoria de Comunicação do Sistema Famasul