Mercados agrícolas iniciam semana em baixa

Soja, milho e trigo registram quedas nas bolsas internacionais, enquanto no Brasil, os preços variam conforme fatores climáticos e avanços da colheita

24/03/2025 às 10:38 atualizado por Allana Ferrsouza - SBA
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Os mercados agrícolas iniciaram a semana com quedas para soja, milho e trigo na Bolsa de Chicago (CBOT). A soja para maio registrou recuo de 2 pontos, cotada a US$ 1007,75 por bushel, influenciada pela entrada da safra brasileira e incertezas sobre tarifas a partir de abril. No Brasil, o preço da soja subiu para R$ 133,38/sc, devido à quebra da safra gaúcha, que preocupa a indústria local quanto ao abastecimento. No Paraguai, o preço FAS em Assunção foi de US$ 361,04.

“No Brasil, o preço está levemente maior, devido à forte quebra da safra gaúcha, onde estão localizadas importantes indústrias, que se preocupam com o seu abastecimento”, diz.

O milho também registrou queda, com o contrato de maio em Chicago caindo para US$ 461,00 por bushel, refletindo a realização de lucros da sexta-feira anterior. A guerra tarifária entre os EUA e México, além das incertezas sobre o etanol de milho para o Canadá, afetam o mercado. No Brasil, o milho na B3 caiu 0,90%, para R$ 79,61/sc, enquanto o CEPEA registrou leve alta de 0,07%, com preço de R$ 90,14/sc. O bom andamento da safrinha e a colheita da primeira safra garantem estabilidade no mercado local, com compradores pressionando os preços.

“No Brasil, o bom andamento da Safrinha e a entrada da primeira safra transmitem tranquilidade aos compradores,  que pressionam os preços locais”, ressalta.

O trigo também seguiu a tendência de queda, com o contrato de maio em Chicago recuando para US$ 551,50 por bushel, após alta na sexta-feira. A valorização recente foi impulsionada pelos conflitos no Mar Negro e tufões na Ásia. No Brasil, a escassez de trigo eleva os preços, com alta de 0,35% no Paraná (R$ 1.531,87/t) e 0,60% no Rio Grande do Sul (R$ 1.431,94/t). A importação de trigo paraguaio também está em alta, com preços variando entre US$ 240 e US$ 290.

“No Brasil, a escassez de trigo está elevando sistematicamente os preços nos dois principais estados produtores e a importação de trigo paraguaio”, finaliza.

Informações: Agrolink