Perdizes conquista marco histórico com sua primeira agroindústria de queijo Minas artesanal

Iniciativa fortalece a tradição queijeira local e abre novas oportunidades para a agricultura familiar e o turismo rural na região

06/05/2025 às 09:57 atualizado por Redação - SBA
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O produtor de Queijo Minas Artesanal, Caio César Sanson Miguel, da queijaria Santo Pingo, em Perdizes, Araxá, conquistou a habilitação sanitária de seu estabelecimento junto ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Ele é o primeiro produtor do município a obter esse registro, que inclui também a concessão do Selo Arte, permitindo a comercialização do queijo em todo o Brasil.

O processo de habilitação foi concluído em abril e contou com a assistência da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). A extensionista Aline Borges Torino, responsável pelo escritório local, destacou que a trajetória de Caio começou há três anos, quando ele assumiu a propriedade rural por meio da sucessão familiar.

Inicialmente, a produção de queijo era destinada apenas ao consumo familiar. No entanto, após receber elogios sobre a qualidade do produto, Caio decidiu se especializar na fabricação de queijos, com o suporte da Emater-MG. A assistência técnica incluiu orientações sobre rotulagem, adequação do espaço da agroindústria e capacitação em boas práticas de ordenha e fabricação.

Atualmente, a queijaria Santo Pingo tem capacidade para produzir 20 peças de queijo por dia. Para Caio César, o registro do estabelecimento representa a superação de um desafio. Ele expressou sua satisfação em poder oferecer um produto seguro e de qualidade, ressaltando a importância da extensão rural nesse processo.

O registro da queijaria é um marco para a Rede de Assistência Técnica e Extensão Rural em Queijos Artesanais, que reúne técnicos da Emater-MG dedicados a apoiar produtores. A extensionista Lilian Cristina Andrade de Araújo enfatizou que cada nova queijaria registrada contribui para a preservação do Queijo Minas Artesanal, reconhecido como patrimônio cultural imaterial da humanidade pela Unesco.

A rede de assistência técnica esteve presente em todas as etapas do processo, desde a orientação técnica na propriedade até a aprovação do projeto de construção da queijaria. O suporte incluiu também a elaboração de procedimentos operacionais padrão e mecanismos de rastreabilidade do produto.

De acordo com o Decreto n.º 48024, o queijo artesanal é definido como aquele feito com leite integral fresco e cru, apresentando características de identidade e qualidade específicas. A conquista de Caio César é um exemplo do potencial de valorização dos produtos artesanais em Minas Gerais.

Informações: agricultura.mg.gov.br